Segundo família, atitude
sensibilizou moradores de Ijuí, no Norte do estado.
Telefone de menina foi um dos poucos objetos não destruídos por fogo.
Enquanto isso, doações de móveis, colchões e roupas não param de chegar, de acordo com a tia.
Telefone de menina foi um dos poucos objetos não destruídos por fogo.
A atitude de uma criança diante da destruição da casa onde a
família morava em um incêndio sensibilizou nesta semana moradores de Ijuí,
na Região das Missões do Rio Grande do Sul.
Ao ver a comoção dos familiares, Maria
Clara Silva Santos, de oito anos, tentou vender um telefone celular na última
sexta-feira (1) para ajudar a mãe a repor os pertences consumidos pelo
fogo.
O telefone da menina foi um dos poucos
objetos não atingidos pelas chamas.
Segundo parentes, após a história ganhar
repercussão em um site de notícias local, dezenas de doações foram enviadas,
estabelecendo o início de uma corrente de solidariedade.
Tia de Clara, a
confeiteira Cláudia Helenita dos Santos, de 39 anos, contou que o celular foi
oferecido por ela a um repórter do Portal Ijuí News, que registrava os
desdobramentos do incêndio próximo à casa.
Segundo a mulher, a menina chorava
no momento em que tomou a iniciativa.
"A família
perdeu tudo o que eles tinham.
O celular foi um dos poucos objetos que
restaram.
Porém, a mãe dela não aceitou a venda.
Disse que não precisava, que
daríamos um jeito", disse Cláudia ao G1.
Feita de madeira, a
residência vinha sendo emprestada à família de Clara por um morador de Ijuí,
que decidiu mantê-los como caseiros no local.
Após o incêndio, iniciado por
motivos ainda desconhecidos, a menina, o pai, a mãe e os dois irmãos dela, de
cinco e sete anos, passaram a morar em uma chácara na zona rural de Ijuí.
Enquanto isso, doações de móveis, colchões e roupas não param de chegar, de acordo com a tia.
Com a repercussão nas redes sociais, até moradores de cidades distantes como Caxias do Sul, na Serra, Uruguaiana, na Campanha, e Porto Alegre passaram a apoiar a recuperação financeira da família de Clara.
"Ajudou a sensibilizar.
A comunidade está sendo fantástica. Não esperava tanto.
Já estamos até com dificuldade para transportar tudo que chega.
Mas ainda falta muita coisa, principalmente móveis de cozinha", relatou Cláudia.
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