Após se entregar no Paraná, lutador será transferido para depor em SP

Tiago Ahmar é suspeito de matar o filho de 2 anos espancado em Vinhedo.
Segundo a Polícia Civil, família ajudou na negociação para ele se entregar.

 

Do G1 Campinas e Região

 

Após se entregar na madrugada desta quinta-feira (14) no Paraná, o lutador de jiu-jítsu Tiago Ahmar de Moraes, suspeito de matar o próprio filho de 2 anos espancado com golpes da arte marcial, será transferido para Vinhedo (SP), onde deverá prestar depoimento na noite desta quinta ou manhã de sexta. 

Segundo a Polícia Civil, a família do rapaz ajudou na negociação para que o jovem se entregasse, e uma exigência  foi que a Polícia de Vinhedo o buscasse no Sul.

 

Tiago Ahmar e o filho Yago, de 2 anos, em Vinhedo
(Foto: Reprodução / Facebook)

 

 

Tiago se entregou à equipe da delegacia de Vinhedo  na madrugada desta quinta-feira (14), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. 

O lutador já tinha o mandado de prisão expedido desde o dia 28 de julho e estava foragido no Paraguai. 

A previsão é de que ele chegue em Vinhedo no período da tarde.

De acordo com o delegado Luís Segantin, do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-2), o mandado de prisão foi cumprido por volta das 4h. 

O horário da saída dele não foi informado, mas a expectativa é que a viagem dure 14 horas, já que ele será transportado em uma viatura da Polícia de Vinhedo. 

Ele viaja acompanhado de investigadores.

Nota da Redação: Inicialmente, esta reportagem informava que a transferência do suspeito seria feita por avião ainda nesta tarde. 

A informação havia sido passada equivocadamente pelo Deinter-2 à reportagem, mas foi corrigida pelo próprio departamento em seguida. O texto foi atualizado com a informação correta às 12h33.

Usuário de droga

Segundo a mãe do bebê morto, Cristiana Costa, Tiago estava sob efeito de drogas quando agrediu o filho. 

O garoto morreu Hospital de Clínicas da Unicamp, após ficar internado durante uma semana com traumatismo craniano e perfuração de órgãos vitais, segundo relatos de familiares à polícia. 

No primeiro atendimento médico, em Vinhedo, os profissionais de saúde desconfiaram da versão dos pais de que a criança havia caído de um brinquedo e acionaram o Conselho Tutelar.

Cristiana tem 22 anos e morava com o pai da criança desde janeiro de 2014. 

Depois da morte do menino, ela passou a morar com a mãe, também em Vinhedo. 

Ela disse à polícia que viu o pai bater nele poucas vezes e relatou que sempre tentava evitar as agressões. 

Segundo ela, as agressões ocorriam principalmente porque o pai irritava com o choro do menino. 

A jovem disse ainda que espera que o lutador "pague por cada dor" sofrida pelo filho dela. 

Sobre eventual omissão da parte dela, ela justificou à polícia que recebia ameaças de Tiago.