Nível do Sistema
Cantareira acumula 163 dias de queda no 1º semestre.
Nos seis primeiros meses do ano choveu apenas 56,5% do esperado.
Nos seis primeiros meses do ano choveu apenas 56,5% do esperado.
O nível do Sistema Cantareira acumulou
quedas em 165 dias no primeiro semestre.
O número significa que em 90% dos 181
dias do período o Cantareira entregou para a população mais água do que recebeu
das chuvas.
O conjunto de represas abastece 9 milhões de pessoas na Grande São
Paulo.
saiba mais
Nestes seis
primeiros meses do ano, choveu 494,4 milímetros – 56,5% do índice previsto
segundo a média histórica, que era de 875,1 milímetros.
Os dados são da
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A sequência de
quedas é causada, principalmente, pela estiagem.
Na quarta-feira (2), o comitê
que acompanha a crise no Cantareira decidiu que a Sabesp deve fazer nova
redução no volume de água retirada dos reservatórios do sistema.
A Sabesp previa usar 20,9 metros cúbicos por segundo no mês de julho.
A Sabesp previa usar 20,9 metros cúbicos por segundo no mês de julho.
Porém, o
Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira (GTAG)
recomendou à Agencia Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de Águas e
Energia Elétrica (DAEE) que estabeleçam como meta o uso de 19,7 metros cúbicos
por segundo na primeira quinzena do mês.
Depois disso, a situação será
reavaliada.
esvaziamento do
sistema
Variação no
primeiro semestre de 2014
Fonte: Sabesp
Nesta semana a
Sabesp anunciou nova medida para auxiliar, indiretamente, parte da população
que depende do Cantareira.
O Sistema Rio Grande terá 500 litros por segundo
destinados ao Sistema Alto Tietê, que já abastece parte da população que
dependia do Cantareira.
Volume morto e
campanhas
Após descartar o racionamento como solução, a Sabesp realizou obras para captar o chamado volume morto – reserva técnica que fica abaixo do nível das comportas.
Após descartar o racionamento como solução, a Sabesp realizou obras para captar o chamado volume morto – reserva técnica que fica abaixo do nível das comportas.
Essa água começou a ser retirada com a ajuda de bombas flutuantes em
16 de maio.
Com a entrada de 182,5 bilhões de litros de água dessa reserva, o
volume do sistema saltou de 8,2% para 26,7%.
Em 30 de junho, o percentual
chegou a 20,6%.
Nesta
quinta-feira (3), o sistema atingiu pela primeira vez o total acumulado de 20%
após o início do uso do volume morto.
Se o uso do "fundo das
represas" não entrasse na conta, o nível seria de 1,5% da capacidade.
No primeiro
semestre, fevereiro foi o mês do ano com o maior total de pontos percentuais
perdidos de água: 5,5 (veja tabela ao
lado).
Apenas em seis
dias nos seis primeiros meses do ano o nível do Cantareira subiu.
Quatro deles
foram em março, quando choveu 193,5 mm (9,4 mm a mais do que o esperado, que
era 184,1 mm).
Este foi o único mês em que o volume de precipitação superou o
aguardado.
Queda constante
em junho
Apesar de fevereiro ter sido o mês em que mais o Sistema Cantareira perdeu água, junho foi um dos mais críticos para o sistema.
Além de já ter todas as medidas antirracionamento aplicadas - parte da população abastecida por outros sistemas, política de descontos, redução na vazão - e uma temperatura média 6,8º C menor do que em fevereiro, o mês de junho teve queda constante no nível de água e não apresentou recuperação em nenhum dia.
Apesar de fevereiro ter sido o mês em que mais o Sistema Cantareira perdeu água, junho foi um dos mais críticos para o sistema.
Além de já ter todas as medidas antirracionamento aplicadas - parte da população abastecida por outros sistemas, política de descontos, redução na vazão - e uma temperatura média 6,8º C menor do que em fevereiro, o mês de junho teve queda constante no nível de água e não apresentou recuperação em nenhum dia.
Foram
perdidos 4,2 pontos percentuais, uma média de 0,14 por dia.
A crise se agravou pela baixa quantidade de chuvas na região.
A crise se agravou pela baixa quantidade de chuvas na região.
Bem abaixo da
média de 56 milímetros, choveu apenas 15,9 milímetros durante todo o mês.
Em julho, mês
de inverno e também com previsão de poucas chuvas, a crise deve continuar se
agravando.
Até agora ainda não choveu na região dos reservatórios durante os
primeiros dias do mês.
Segundo o
Instituto Nacional de Meteorologia, que também forneceu as temperaturas médias
mensais de 2014, a previsão para julho é de poucas chuvas na região dos
reservatórios.
Menos água em
julho.
Nesta quarta-feira (3), o comitê que acompanha a crise no Cantareira decidiu que a Sabesp deve retirar menos água dos reservatórios do Sistema.
A pretensão
da empresa era de usar 20,9 metros cúbicos por segundo no mês de julho.
Porém,
o comitê recomendou à Agencia Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de
Águas e Energia Elétrica (DAEE) que estabeleçam como meta o uso de 19,7 metros
cúbicos por segundo na primeira quinzena do mês.
Depois disso, a situação será
reavaliada.
Para dar esse
número, o comitê considerou um cenário com entrada de água no Sistema de 50% da
mínima histórica mensal.
Em junho, por exemplo, entrou apenas 46% da mínima
histórica registrada no mês desde 1930.
A Sabesp informou, por meio de nota,
que as metas estabelecidas pela ANA e pelo DAEE são suficientes para garantir o
abastecimento.
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