Estudante da UFPB debate em comunidades do
Orkut todos os dias.
Mais de 65 mil assinaram em todo o mundo até a manhã de quarta-feira (2).
Um estudante
paraibano criou uma petição online
pedindo ao Google para não acabar com o Orkut e já contava, até
as 10h desta quarta-feira (2), com mais de 65 mil assinaturas de pessoas de
todo o mundo.
"Acesso
diariamente, todo santo dia, uso mais o Orkut do que o Facebook", declarou
esperançoso em relação à manutenção dos debates virtuais dos quais participa na
rede social, que será desativada em 30
de setembro.
A meta do universitário Peter Shelton Alves, 23 anos, é
chegar a 75 mil assinaturas.
"Solicitamos
ao Google que não encerre o Orkut e se isso não for possível, solicitamos à
empresa que ao menos preserve a principal característica que mantém essa rede
social viva até hoje: o modelo de
organização de fóruns em comunidades.
Algo que não existe
no Google Plus, cujas comunidades que existem se assemelham aos grupos do
Facebook.
Se o Orkut ainda teve algum movimento foi graças ao atual modelo de
comunidades", declarou na motivação de seu pedido, publicado na
segunda-feira (30).
saiba mais
Usuários da
Holanda, Argentina, Bélgica, Portugual, Estados Unidos e Brasil se manifestaram publicamente pela preservação
do Orkut.
Estudante de Comunicação Social na Universidade Federal da Paraíba
(UFPB), Peter defende que outras redes sociais não conseguem ter um sistema de
comunidades que funcione tão bem quanto o Orkut, que ele usa desde 2006.
Após
perceber a mobilização em grupos de debate sobre o encerramento das atividades
da rede social, criou a petição.
Peter Shelton se surpreendeu com adesão à petição (Foto: Peter Shelton / Arquivo pessoal)
"Criei e fui para casa, tomar banho e jantar.
"Criei e fui para casa, tomar banho e jantar.
Quando abri a internet depois, tive um susto, em menos de duas horas
mais de oito mil pessoas já tinham assinado.
Tenho uma conta ativa e, assim
como muita gente, uso para participar de comunidades.
Todas as redes têm seu
público, gosto e interajo nas outras, mas o funcionamento dos debates não me
satisfaz como os fóruns de comunidades no Orkut", explicou Peter.
Apesar da
recente deserção de usuários após a criação de outras redes sociais, o universitário complementa ainda que esse fator
tornou a rede social ainda mais ativa por aqueles que continuavam a utilizá-la.
"Como
muita gente saiu, ficamos à vontade para falar sobre o que queremos.
As pessoas
se tornaram mais livres e o Orkut permaneceu muito ativo.
O pessoal se sentiu à
vontade para tornar público o próprio nome ou para criar um avatar engraçado.
Quando tenho algum
assunto privado, vou para o Facebook.
Mas quando é uma troca de mensagem mais
rápida, via chat ou informes da universidade, por exemplo, uso o Orkut",
assegura.
Fim do Orkut.
O Google anunciou nesta segunda-feira (30) que vai encerrar as atividades da rede social em todo o mundo no dia 30 de setembro.
A empresa alega que o crescimento de suas outras comunidades
superou o do Orkut e que, por isso, ele será descontinuado. "Dez anos
atrás, o Google mergulhou pela primeira vez nas redes sociais por meio do
Orkut, que nasceu como projeto experimental de um engenheiro que deu nome à
rede", disse o diretor de engenharia do Google, Paulo Golgher, no blog da
empresa no Brasil.
Como salvar o
perfil.
De acordo com o Google, os usuários existentes poderão exportar seus álbuns de fotos para o Google+, outra rede social da companhia, até 30 de setembro de 2014.
Também será possível salvar, no
computador, seus perfis, "scraps" (publicações de outros usuários
deixadas na página), depoimentos e postagens usando a ferramenta Google Takeout.
Isso poderá ser feito até
setembro de 2016.
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