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sexta-feira, junho 13, 2014

Quem precisa de reformas?


 




por Thais Herédia
 
 
 
 
O Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo em outubro de 2007. 

O país tinha inflação abaixo de 4,5% ao ano, um PIB acima de 5%, a faca e o queijo na mão. 

A China crescia mais de 11%. 

Os Estados Unidos começavam a sentir os primeiros tremores da crise financeira que viria rebentar um ano à frente e abalaria a economia mundial.

Ao assumir o título de país-sede, o Brasil sabia que teria sete anos para fazer reformas, construir estádios, linhas de metrô, aeroportos, etc. 

Mas o país tinha uma outra lista de reformas nas gavetas do governo, aguardando uma chance de sair do papel. 

Eram as reformas constitucionais e estruturais, como a da previdência, a tributária, a política, a das leis trabalhistas, para falar das principais.

Assim como a mobilidade urbana, a capacidade dos aeroportos e a tecnologia dos estádios ajudariam na organização do mundial, as reformas estruturais trariam mais competitividade, reduziriam o Custo Brasil, incentivariam mais investimentos e consolidariam uma economia mais equilibrada e capaz de crescer robustamente sem gerar distorções. 

A lista das reformas segue jogada às traças nos prédios públicos do país.
 
Pois agora elas podem sentir pelo menos um espanador passando para tirar o pó das gavetas. 


O Fundo Monetário Internacional divulgou relatório dizendo que o Brasil precisa fazer reformas e voltar a crescer. 

No documento "Mercados emergentes em transição: perspectivas de crescimento e desafios", o FMI prescreve reformas em vários países para enfrentar as "condições globais menos favoráveis".

O México, próximo adversário do Brasil na Copa do Mundo, já está em vantagem faz tempo – fora do campo de futebol, claro! 

Há dois anos, o governo mexicano vem mexendo em muitos vespeiros e mudando leis e instituições para modernizar o país e crescer com mais força e equilíbrio. 

Eles fizeram reformas trabalhistas, na educação, na política, cortaram o tamanho do estado e... tiraram do Brasil a faixa de “queridinho dos mercados”.
Sete anos depois de ser eleito para sediar o maior evento de futebol do mundo, o Brasil mal conseguiu terminar as reformas que escolheu – aeroportos, estádios, metrôs. 

A economia está desequilibrada, o país não consegue crescer, a inflação está alta, o investimento despencou e o futuro promissor foi adiado mais uma vez. 

Enquanto ele não chega, o futuro promissor, a gente pode ser dar o direito de vestir a camisa da seleção brasileira e torcer pelo nosso time – favorito da Copa do Mundo. 

Quem precisa ser queridinho de investidor? 

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