Idoso matou duas netas e cunhada em 2007.
Japão e EUA ainda aplicam a pena de morte.
Da EFE
O Japão executou um réu na forca nesta quinta-feira
(26), a primeira aplicação da pena de morteneste ano e a nona desde que o
Partido Liberal-Democrata (PLD) chegou ao governo no final de 2012, informou a
agência "Kyodo".
O condenado era Masanori Kawasaki, de 68 anos, que
foi executado em Osaka, no oeste do país, pelo assassinato de suas duas netas e
de sua cunhada em 2007, anunciou o ministro da Justiça doJapão, Sadakazu Tanigaki.
Japão e Estados Unidos são os únicos
países industrializados e democráticos que ainda aplicam a pena de morte.
O país asiático executa os condenados na forca em
total segredo, sem aviso prévio aos réus e sem testemunhas, e apenas comunica
as execuções para a opinião pública depois que já foram realizadas.
Kawasaki foi condenado à morte por assassinar sua
cunhada e suas duas netas, de 3 e 5 anos, com uma faca, na província de Kagawa,
sul do país.
O condenado foi até a casa de sua cunhada 'por
rancor', e após matá-la e as duas meninas, levou os corpos para enterrá-los em
outro local e tentar ocultar o crime, segundo a investigação policial.
"É um caso muito cruel, já que acabou com as
vidas valiosas de três pessoas por uma razão egocêntrica", afirmou o
ministro da Justiça do Japão.
Tanigaki acrescentou que foi 'muito difícil para a
família das vítimas', e explicou que as autoridades 'revisaram o caso
com cautela antes de realizar a execução'.
O ministro japonês evitou explicar os motivos para
a decisão de executar Kawasaki, pois, atualmente, o país tem 128 réus
condenados à pena capital no corredor da morte.
Além disso, declarou que o governo 'não pensa em
reformar o sistema da pena de morte por enquanto'.
As últimas execuções no país aconteceram no dia 12
de dezembro, quando dois presos foram executados em Tóquio e Osaka.
Veículos da imprensa japonesa, como o jornal
"Asahi", atribuem a demora entre as execuções de dezembro e a de hoje
ao caso de Iwao Hakamada, que foi libertado em março após ter passado 46
anos no corredor da morte, depois que novas provas foram descobertas
sobre o assassinato múltiplo do qual era acusado.
Hakamada, considerado o homem que ficou por mais
tempo no corredor da morte no mundo, é um ex-boxeador de 78 anos que sofre
de uma doença mental e foi condenado à pena de morte em 1968, sentença que ficou
suspensa por um tribunal japonês que decidiu rever seu caso.
O
ministro da Justiça defendeu a pena capital em várias ocasiões com o argumento
de que a maioria dos japoneses apóia este sistema.
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