Pai confessou ter matado a filha de menos de dois anos a socos.
Crime teve reconstituição em Várzea Paulista (SP).
Menina de um ano e dez meses morava com os pais na Vila Real
(Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A criança foi espancada até a morte na casa onde vivia com a família, na Vila Real.
Junto com a perícia, os investigadores levaram William até a casa e usaram uma boneca para reconstituir os últimos minutos de vida da criança.
Segundo informações da Polícia Civil, William disse que estava lavando roupa enquanto a filha brincava na cozinha.
O acusado disse ter ficado irritado quando a menina chorou e começou a pedir pela mãe.
“Ele diz que entrou na cozinha, fechou os punhos e deu um murro simultâneo nas laterais da cabeça da criança, que caiu de costas, batendo a nuca”, afirma Paulo Sérgio Stefani, que chefia a equipe de investigação que trabalhou no caso.
William levou a menina semi desmaiada até o chuveiro.
Durante o banho a criança acordou e voltou a chorar, chamando pela mãe.
O garçom, então, deu um soco no abdomên da criança.
Ela foi arremessada contra uma das paredes do banheiro, bateu a boca no degrau do box e quebrou os dentes.
Na sequência, segundo o depoimento do pai, ele enrolou a filha em uma toalha e levou-a até a cama para fazer massagem cardíaca, mas a criança continuou desmaiada.
Depois disso ele procurou ajuda de um vizinho e a menina foi levada ao hospital, informou o investigador.
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Sou pai e não consegui ficar até o fim para acompanhar a história.
A atitude deste pai foi monstruosa”, desabafa Paulo Sérgio.
A descrição do crime feita pelo garçom bateu com as lesões apontadas pelo médico legista.
William permanece preso temporariamente até a conclusão do inquérito, quando sua prisão preventiva será solicitada.
“Esperávamos um monstro, mas chegou até nós um homem educado e tranquilo.
Se não soubéssemos do que aconteceu jamais acreditaríamos que ele seria capaz de matar a própria filha”, diz Paulo.
Pai da criança confessou que matou filha por espancamento (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
O garçom foi indiciado por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, sem dar chances de defesa para a vítima e pela idade da criança.
Entenda o caso
O garçom William Jonathan de Oliveira, de 24 anos, foi preso em Várzea Paulista na tarde de terça-feira (10), após confessar ter matado a própria filha, de um ano e dez meses.
Segundo a polícia, inicialmente, o pai negou o crime, mas depois acabou confessando que perdeu a cabeça quando a filha chorou e pediu pela mãe, dando vários socos na criança.
O crime foi no dia 27 de maio.
O pai relatou aos policiais que estava em casa somente com a filha, na Vila Real, quando ele chamou um vizinho para ajudá-lo a levar a criança até o hospital.
A princípio, ele disse à polícia que estava lavando o quintal quando a menina escorregou no piso molhado e caiu em uma escada.
A criança morreu assim que chegou à unidade de saúde.
De acordo com a Polícia Civil, o trabalho da perícia indicou que a causa da morte foi o esmagamento do fígado, que resultou em hemorragia.
A menina apresentava fraturas nos lados direito, esquerdo e traseiro do crânio, lesões no peito e dois dentes quebrados.
A mãe da criança, de 19 anos, disse à polícia que a gravidez foi indesejada e que William a abandonou nos primeiros meses da gestação, mas há 40 dias voltou a procurá-la e foram morar juntos.
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