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domingo, maio 18, 2014

Presos compram materiais de construção para reformar celas no AC

Loja de material fez entrega endereçada ao 'Pavilhão G', do presídio.
Iapen diz que compra foi autorizada e não vê problema.

Veriana Ribeiro Do G1 AC
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Nota fiscal confirma entrega de material na cela 2 do Pavilhão G, do Presídio Francisco d'Oliveira Conde, em Rio Branco (Foto: Arquivo Pessoal) 
 
Nota fiscal confirma entrega de material na cela 2
do Pavilhão G, do Presídio Francisco d'Oliveira Conde,
em Rio Branco (Foto: Arquivo Pessoal)
 
 
Cimento, latas de tintas, pincel e rolo. Esses foram alguns dos itens entregues na última semana por uma loja de materiais de construção, de Rio Branco, ao Pavilhão G, do presídio Francisco D'Oliveira Conde, em Rio Branco. 

Os materiais encomendados pelos presos que dividem o pavilhão serão usados para a reformar o espaço.

Para o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap-AC) o caso é um 'absurdo' e pretende acionar a justiça para que seja investigado. Já a direção do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) afirma que a compra foi autorizada pelo judiciário acreano.

Ao G1, o dono da loja de material de construção, que prefere não ser identificado, diz que a compra foi efetuada há duas semanas por uma mulher, que solicitou que o pedido fosse entregue na penitenciária. 

 "A gente mandou entregar.

 Os funcionários foram revistados e foi feita a verificação do material entregue. 

 Em nenhum momento falaram que não poderia ser feita a entrega", afirma. Foram entregues duas latas de tintas, rolo, pincel e demais materiais de pintura.
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Essa não é a primeira vez que uma entrega como essa é feita ao presídio na capital. 

O dono de outra loja de materiais de construção, Matias de Almeida, de 47 anos, afirma que já fez duas entregas de sacas de cimento  ao local. 

A última foi realizada no ano passado.

"O agente me acompanhou até dentro do presídio, chegando lá, eles mesmos desembarcaram. 

Eu vendo para o céu e vendo para o inferno, aparecendo aqui quem me compre. 

Não sendo dinheiro falso, eu vendo", afirma.

O presidente do Sindap-AC , Adriano Marques, afirma que um agente penitenciário fez a denúncia da entrada dos materiais ao sindicato. 

"Ele me mostrou as notas ficais e o nome de alguns reeducando.

 Eu fui no presídio e de fato o material estava lá", conta.

Segundo ele, a entrega deste tipo de materiais não é permitida e o sindicato pretende realizar uma denúncia ao Ministério Público Estadual.  

"Tem que identificar quem autorizou essa entrada. 

Nenhum agente penitenciário, chefe de equipe ou coordenador de segurança tem autorização para deixar um carro particular entrar no presídio, foi alguém na direção. 

Essa é uma situação absurda", afirma.

Marques diz ainda, que as famílias têm autorização para entregar pequenos objetos, como materiais de higiene pessoal ou roupas, mas materiais de construção não fazem parte da lista de itens permitidos.

O presidente do sindicato ressalta que com a falta de equipamentos necessários de segurança, como raquetes, detectores de metais e um bloqueador de celulares, é perigoso que esses materiais sejam usados para a entrada de produtos ilegais dentro do presídio.

 "As raquetes não estão funcionando direito, não tem bloqueio de celular. 

Como vai identificar a entrada de um objeto ilícito?" questiona.

Diretor do Iapen diz que não vê problema em reforma de cela bancada por presos (Foto: Arquivo Pessoal)Diretor do Iapen diz que não vê problema em reforma de cela bancada por presos (Foto: Arquivo Pessoal)
 
Reforma é autorizada, diz Iapen
 
O diretor do Iapen, Dirceu Augusto da Silva, afirma que a entrada desses materiais para reformas na cela foram autorizados pelo judiciário acreano.


 "Quem autoriza que o material entre para o preso fazer uma reforma dentro da cela é a juíza . 

Se a reforma não for alterar a movimentação ou prejudicar a entrada do servidor, não tem problema", afirma.

Ele diz que existe um setor de logística e manutenção do presídio, onde os funcionários recebem os materiais. 

"O preso não recebe nada em mãos. 

 Fazemos uma checagem para ver se não vai entrar nada ilegal naquele material", afirma o presidente do órgão.

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