Liminar foi concedida em 2009, quando Adail foi preso na Operação Vorax.
Justiça do Amazonas deverá reapreciar processo após decisão do Supremo.
Ministro Luís Roberto Barroso, do STF(Foto:Carlos Humberto/SCO/STF)
A liminar foi expedida pelo Ministro Gilmar Mendes.
À época, Adail ficou preso por 63 dias.
A decisão deve voltar ao judiciário do Amazonas, que pode decretar novamente a prisão do prefeito, que já está detido e responde por outros processos.
Adail Pinheiro cumpre prisão preventiva desde sábado (8), no Batalhão do Comando de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar, em Manaus.
Ele é acusado de envolvimento em uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Os supostos casos de pedofilia em Coari vêm sendo revelados em reportagens do programa Fantástico, da Rede Globo, desde o mês de janeiro.
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"Diante do exposto, com base no art. 38 da Lei nº 8.038/1990 e no art.
21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento à impetração. Esta decisão,
contudo, não significa o automático restabelecimento do decreto
prisional impugnado nestes autos, cujos fundamentos deverão ser
reapreciados pelo órgão judiciário atualmente competente para o
processamento da causa (Processo nº 111/2009), tendo em vista o decurso
de lapso temporal excessivo desde o deferimento da liminar", conta na
decisão de Barroso.Processos
Tramitam no judiciário amazonense 56 processos contra Adail Pinheiro, dos quais 34 são ações na Comarca de Coari e 22 processos em Manaus.
Dentre eles, há três inquéritos e uma ação penal por exploração sexual de crianças e adolescentes.
Na semana passada, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) ofereceu nova denúncia contra Adail e o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou a prisão preventiva.
O prefeito de Coari se entregou no último fim de semana e permanece preso no Batalhão da Polícia Militar.
O G1 tentou contato com o advogado de defesa do prefeito Adail Pinheiro, mas as ligações telefônicas não foram atendidas.
Operação Vorax
A Operação Vorax da Polícia Federal (PF) foi deflagrada em maio de 2008 e cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal no Amazonas e pelo TRF da 1ª Região.
As investigações começaram em 2004, a partir de uma representação encaminhada pelo Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) à Polícia Federal, com relatos de irregularidades na execução de convênio firmado entre a Prefeitura de Coari e a União, através do Ministério do Meio Ambiente, para a construção de um aterro sanitário no município.
A ação penal tramita na 2ª Vara Federal no Amazonas.
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