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quarta-feira, fevereiro 19, 2014

POR QUE O CRISTÃO DEVE TER CERTEZA DA SUA SALVAÇÃO?








Por Fabio Campos

Estamos vivendo tempos difíceis no campo doutrinário dentro das igrejas evangélicas.

O mérito legalista pregado por alguns líderes tem “ofuscado” a doutrina da graça e o favor imerecido de Deus.

A pregação não vem mais pela exposição do texto bíblico, agora trata de normas de “boas-condutas” moralista - rudimentos do mundo, baseados em regras como - “não manuseia”; “não prove”; “não toque” – ensinos humanos ascéticos com o intuito de refrear os desejos pecaminosos da carne.

Tudo isso tem uma aparência de piedade e humildade, contudo, não tem valor nenhum para domar o coração que é corrupto e enganoso.

Para onde vai à graça? Para o mérito! Se for por mérito, já não é pela graça. Nisto se forma cristãos que estão seguros em seu próprio desempenho ao invés no de Cristo.

Resultado? Culpa! Se apoiar na culpa é viver na possibilidade da carne ao invés da do Espírito.

Não é a culpa que nos leva ao arrependimento. 

O que nos leva ao arrependimento é a bondade de Cristo.

Todo cristão precisa ter a certeza da sua salvação! Entretanto, por “cristão”, o “título”, passou a ser genérico socialmente falando.

No âmbito social cristão enquadram-se os protestantes, católicos, espíritas e as vertentes destas religiões.

Contudo, ser cristão conforme ensina a Escritura está além de um rótulo.

Segundo o teólogo Wayne Grudem a fé cristã consiste em “ouvir o evangelho [genuíno], a regeneração do Espírito Santo, a resposta com fé e arrependimento, o consequente perdão e a adoção como filhos da família de Deus”. Todas coisas essas produzidas pelo o Espírito Santo no coração do pecador.

Você pode estar pensando -, “mas continuo a pecar” – sim! e vou além... Você não é pecador porque peca - você peca porque é pecador, e disto ninguém se atreve a levantar suspeita, pois quem assim faz, diz de Deus um mentiroso (1 Jo 1.10).

Todos somos pecadores (Rm 3.10), porém, existem duas classes de pecadores: os regenerados e os não regenerados!

Os “regenerados” se entristecem com o pecado; os “não regenerados” se alegram com o pecado.

Pecar é uma coisa, porém, viver na prática deliberada é outra, o que demonstra que ainda não houve o novo nascimento-, pois o homem carnal deseja as coisas da carne - o espiritual deseja as coisas do Espírito.

Tudo é uma questão de onde está o seu coração concernente ao pecado: na alegria ou na tristeza!

Pois bem, suponhamos que você é um cristão de fato, nascido de novo e tem grande desejo em agradar a Deus [mesmo falhando].

Acerca de ti a Escritura diz: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). 

O Senhor é por nós! Ele é quem nos ajuda! Então, quem poderá nos condenar (Is 50.9)?

Para que possa haver condenação se faz necessário um “julgamento”. Contudo, “quem nEle crer não será julgado” (Jo 3.18).

A fé vem pelo ouvir, e crendo no Filho, este [que ouvir e praticar] é porque já tem a vida eterna em si.

Ele “não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Deus não brinca de “morto” “vivo”. Quem “passou da morte para a vida”, não “morre” mais.

Quem então condenará os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. E não somente isso, mas Cristo morreu por eles, e ressuscitou; se fez Advogado ao lado direito do Pai para ser a propiciação dos nossos pecados quando praticados (1 Jo 2.1-2).

O mandamento principal é “amar a Deus acima de todas as coisas”. O nascido de Deus não se esforça para amar o Senhor. Ele se esforça em agradá-lo.

Mas amar a Deus é uma consequência do novo nascimento, pois o amor procede de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus (1 Jo 4.7).

A Bíblia nos ensina que aquele que se apegou a Deus em amor, é livre, e por conhecer Seu nome, prova que é um salvo (Sl 91.14).

Ainda que na angústia, por amor a Deus, ele invocará o Senhor e terá sua resposta, e com ele Deus estará (Sl 91.15-16). Precisamos apenas permanecer no seu amor, pois no amor não existe medo, antes lança fora todo o temor.

Muitos não amam a Deus, mas temem a Ele: “Ora, o medo produz tormento; logo aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 Jo 4.18).

Muitos irmãos vivem uma vida “raquítica” pelo fato de não terem certeza de sua salvação. De fato, não há felicidade no medo.

Mas quando a certeza do amor de Deus invade nosso coração, o que é atribulação virá perseverança; a perseverança gera a experiência; a experiência nos traz esperança, e a esperança não nos traz medo, pois ela não confunde, porque o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo o Espírito Santo.

Tudo isso foi pelo seu grande amor, ao ponto de sermos chamados “filhos de Deus” (1 Jo 3.1).

Você pode dizer: “Como sei então que sou filho de Deus?” A Bíblia nos ensina que o “Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos (Rm 8.15). Isso vai além da capacidade cognitiva racional do homem.

O Espírito é quem diz direto a nossa consciência e atesta esta certeza em nossa alma tendo por consequência a paz e a alegria que excede todo o entendimento.

O processo é o mesmo que houve na vida de Pedro. Ao confessar que “Jesus era o filho de Deus” (Mt 16.17) – isso que ele disse não foi revelado por homem algum, mas pelo “Pai que está nos céus” (Mt16.18).

O Salvador não precisa do salvo. Para ser salvo, o perdido precisa de um salvador.

O homem só chegará à perfeição “quando Cristo se manifestar, pois o veremos assim como Ele é” (1 Jo 3.2).

Entretanto, o verdadeiro cristão geme pela redenção do corpo e nesta esperança purifica a si mesmo (1 Jo 3.3).

Martinho Lutero disse que “o pecado é como a barba; cresceu, tem que raspar”. Nesta condição o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado.

O crente não apenas precisa ter a certeza da sua salvação, mas também que, em momento algum, pode perdê-la, pois o nascido de Deus conserva a si mesmo e o maligno não o toca (1 Jo 5.18).

Tenho que concordar com a piada feita por um pastor calvinista.

Ele disse que alguns crentes [principalmente os arminianos] fazem de Deus a brincadeira do “bem-me-quer”, e do “mal-me-quer”. “Estou salvo no domingo - na segunda-feira pequei - na quarta me arrependi - voltei a ser salvo na quinta”.

Este não é o Deus da Bíblia e nem o Salvador dos homens, Jesus Cristo. O Senhor conhece nossa estrutura e sabe que, se a salvação dependesse de nós pela consequência do nosso desempenho, certamente, perderíamos. Acerca disso diz Martinho Lutero:

“Se a minha salvação fosse deixada ao meu encargo, eu não conseguiria enfrentar vitoriosamente todos os perigos, dificuldades e demônios contra os quais teria que lutar.

Porém, mesmo que não houvesse inimigos a combater, eu jamais poderia ter a certeza do sucesso”.

O bom pastor dá a vida pelas ovelhas e não cobram delas.

A ovelha verdadeira ouve a voz do seu pastor (Jo 10. 3-5) e mesmo que num momento de loucura, ela se desgarre, o bom pastor deixará as noventa e nove para buscar a que se perdeu.

É muita segurança! 

As ovelhas conhecem o Pastor e o Pastor conhece as suas ovelhas.

O Pastor deu a vida por elas! 

A segurança é tanta que o Filho diz “nenhuma delas [ovelhas] perecerão, e ninguém, absolutamente ninguém, nem você mesmo, poderá fugir das mãos do Pai e do Filho, pois os Dois são Um” (Jo 10.27-30). Warren Wiersbe ilustra bem a dinâmica desta segurança:

 “Deus é por nós e provou isto, dando-nos seu Filho (Rm 8.32). O Filho é por nós e prova isto, intercedendo por nós junto ao Pai (Rm 8.34).

O Espírito Santo é por nós, assistindo-nos em nossa fraqueza e intercedendo por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26).

Deus está trabalhando para que todas as coisas contribuam para o nosso bem (Rm 8.28). Em sua pessoa e em sua providencia, Deus é por nós”.

A garantia perpétua da salvação não se encontra em nós, mas na fidelidade do Senhor.

A aliança foi feita pelo sangue de Cristo e por um alto preço fomos comprados. 

Tanto o querer como o efetuar esta no Senhor: ”Por isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a IMUTABILIDADE do seu propósito, se interpôs com juramento” (Hb 6.17).

Segundo o comentário bíblico WIERSBE, “quando Deus fez aquela promessa a Abraão, ele a endossou, pondo a própria reputação em jogo. Ele disse: ‘Prometo que o abençoarei com tudo que tenho; bênção, bênção e bênção’.

Abraão se agarrou a isso e recebeu tudo que lhe fora prometido.

Quando alguém faz uma promessa, oferece também uma garantia, apelando para alguma autoridade acima dele.

Assim, se houver alguma dúvida a respeito da promessa, a autoridade entra em ação, decidindo qualquer questionamento.

Deus, como garantia de suas promessas, deu sua palavra – uma garantia sólida como rocha. 

Deus não pode quebrar sua própria palavra, e, como sua palavra não pode mudar, sua promessa é também imutável”. 

O texto [Hebreus 6.17-19] traz o sentido de “um fundamento firme, forte, estável e seguro; aquilo que não falha ou oscila, imóvel e no que se pode confiar”.

Fomos justificados pelo sangue de Cristo, e justificação nas palavras do Rev. Hernandes Dias Lopes, “trata do ato forense, legal e final.

Ela jamais pode ser alterada, cancelada ou diminuída em seus efeitos. A justificação é irrepetível”.

Em segurança o Senhor nos selou por sua propriedade: “... o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Ef 1.13-14).

Esse selo tem por conotação “estampar”, “marcar” (com um sinete ou uma marca particular) para segurança ou preservação (literal ou figurado).

O penhor trata de “um calção”; uma garantia oferecida como forma de ratificação de um contrato (LXX: Gn 38.17,18,20).

É usado metaforicamente referindo-se aos privilégios dos cristãos nesta vida, especialmente ao dom do Espírito Santo, como sendo uma garantia, uma bem-aventurança futura no reino do Messias. 

Tudo isso foi pelo Senhor para sermos sua propriedade.

Quando você compra um imóvel é necessário que haja uma averbação na matrícula da transferência da propriedade do antigo para o novo dono, aquele que a comprou. Tudo isso é lavrado em cartório.

Uma vez que esse procedimento é feito dentro da lei, o antigo dono não poderá “reclamar” pela propriedade que um dia lhe pertenceu. Foi exatamente isso que o Senhor fez conosco.

Nos comprou por um alto preço [a saber, o sangue de Cristo] e nos transferiu do reino das travas para o reino da luz.

O Espírito Santo é o selo e a garantia desta compra –  e o dom dado por Deus é irrevogável (Rm 11.29).

A reflexão que fica: “se você não tem certeza da sua salvação, então o que falta fazer para tê-la”? Existe alguma coisa que você possa fazer [mesmo confessando ser um cristão verdadeiro] para ter a certeza da salvação?

Se for assim já não é pela fé, mas por obras; porém, as Escrituras nos ensina que é “pela fé e não por obras, para que ninguém se glorie diante de Deus” (Ef 2.8-9).

No dia que tivermos a certeza de nossa salvação em decorrência das nossas obras, diante de Deus, seremos pobre, cego e nu, pensando estar ricos e com falta de nada.

A prepotência diante de Deus e dos homens tomará conta de nosso coração para nossa própria ruína. Por isso que graça nos faz humildes para com Deus e para com homens; ela confronta nossa limitação com infinitude de Deus.

O teólogo Wayne Grudem diz que “se pensássemos na justificação como baseada em algo que somos internamente, nunca teríamos a confiança de dizer com Paulo: ‘Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus’ (Rm 8.1)”.

Muitos irmãos tem dúvida acerca da sua salvação porque olham para si ao invés de olharem para Cristo.

Não há nada que possamos fazer, ou deixar de fazer, para que Deus nos ame mais ou menos quando estamos em Cristo. “Não vem de nós, é presente de Deus, para que ninguém se glorie”.

Muitos pensam que ter a certeza da salvação é um ato arrogante. Pelo contrário! Ela não depende do que faço, mas do que Cristo fez, e isso exige uma submissão.

O contrário é que é orgulhoso! “Ainda não tenho a certeza, mas um dia, pela minha conduta, vou ter”.

Não! Tudo é por meio dEle e para Ele. Paulo sabia que não tinha a perfeição, mas prosseguindo para o alvo, a dúvida nunca o assolou.

Como sabia em quem cria e que Jesus era [e é] poderoso para guardar sua fé até o dia final, não hesitou em escrever: “Pois estou certo” (Rm 8.38). Repare que ele não tinha dúvida, ele não disse: “Ainda não tenho certeza”.

Não! É certeza absoluta; não por ele, mas pelo amor de Deus que está em Cristo Jesus, o Senhor.

Você que está em Cristo e tem dúvida da sua salvação, convido a meditar nesta passagem:

“Quem nos separará do amor de Cristo? Será atribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?

Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro".

Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 

Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nemprofundidade, NEM QUALQUER OUTRA COISA NA CRIAÇÃO SERÁ CAPAZ DE NOS SEPARAR DO AMOR DE DEUS QUE ESTÁ EM CRISTO JESUS, nosso Senhor”. – Romanos 8. 35-39.

É muita segurança para que possamos ter uma única dúvida ainda que seja do tamanho de um grão de mostarda. Em Cristo “temos esta esperança como âncora da alma, firme e segura” (Hb 6.19).

Ainda que o diabo e os homens nos acusem, Deus jamais aceitará acusação contra nós que fomos justificados pelo Nosso Senhor Jesus Cristo - ainda que nosso coração nos acuse, Deus é maior que nosso coração, pois Ele sabe de todas as coisas.

“Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas”. – 1 João 3.20.

Que Deus ponha em nós através de Jesus Cristo a certeza de nossa salvação - assim desfrutaremos pela paz que excede todo o entendimento da comunhão e da alegria que há em Nosso Senhor.

Só assim teremos vida, e esta, em abundância.


Soli Deo Gloria!

Fabio Campos

fabio.solafide@mail.com

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