Quem circula pelas ruas de Altamira (PA) não demora muito a descobrir uma senhora simpática e sempre atenta a qualquer sinal com as mãos, ao que ela prontamente atende se aproximando com uma bacia na cabeça.
Quem é essa mulher?
É a Baiana, como Irene Guerri gosta de ser chamada.
O tabuleiro típico da baiana, aqui em solo altamirense, virou uma bacia de alumínio reluzente e repleta de cocadas,doces de coco e trufas.
Tudo feito por ela.
Assim
que você estende a mão para chamá-la, Baiana coloca a bacia na cabeça e
começa a falar “vamos negociar”.
A cocada sai por R$ 7 e é boa.
A de
coco queimado tem um caramelo no final, que deixa a boca adocicada.
Natural
de Vitória da Conquista (BA), ela está em Altamira desde 1977, onde se
casou e teve quatro filhos, “todos criados” com a venda de manga, outras
frutas e ervas.
Baiana começou a fazer cocada há 24 anos.
Todos os dias
ela prepara 10 quilos da iguaria, mas já chegou a fazer 30 quilos.
Ela
anda por toda a cidade, entra em todos os estabelecimentos,
restaurantes e casas em busca dos clientes, novos ou antigos.
Se a
presença dela não reverter em venda, pelo menos um bom papo sempre sai.
Mas ela conquista com “meu amor”, “meu gatinho” e “meu querido”.
Então,
se encontrar uma mulher com bacia na cabeça aqui em Altamira, pode
perguntar o que a Baiana tem.
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