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sexta-feira, setembro 27, 2013

Ex-mulher e irmão são condenados por morte de diretor da Friboi

Humberto Campos Magalhães foi assassinado em 2008 na Vila Leopoldina.
Julgamento do caso durou quatro dias no Fórum da Barra Funda, em SP.

 

Do G1 São Paulo
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Assassina Giselma Carmen Campos

Os dois réus julgados pela morte do diretor-executivo da Friboi Humberto Campos Magalhães foram condenados nesta sexta-feira (27), conforme noticiou o Globo Notícia. 

A ex-mulher do executivo, Giselma Carmen Campos, e o irmão dela, Kairon Valter Alves, eram acusados de planejar e contratar os executores do assassinato, ocorrido em dezembro de 2008 em São Paulo.

A condenação foi adiantada por Mauro Nacif, um dos advogados de defesa da ré. Até por volta das 18h, a pena que cada um deve cumprir não tinha sido divulgada. O julgamento durou quatro dias no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste.

Giselma negou aos jurados ser a mandante do crime, ocorrido em uma rua da Vila Leopoldina.  

Já Kairon Alves confessou a participação no assassinato e disse que a irmã planejou a morte de Humberto. A ex-mulher do executivo afirmou que o irmão “mentiu” ao apontá-la como mandante.

Os depoimentos dos filhos de Giselma e Humberto marcaram o julgamento. 

O estudante de administração Carlos Eduardo Magalhães, de 22 anos, disse que a mãe perseguia o pai

O filho mais velho, o estudante de direito Marcus Vinicius Magalhães, defendeu a mãe e afirmou que o irmão fez do júri "um circo".

Durante os debates entre defesa e acusação, o promotor José Carlos Cosenzo buscou convencer os jurados que os irmãos foram responsáveis pela morte do diretor-executivo da Friboi. 

Ele comparou a forma engenhosa como o crime foi planejado em 2008 com a literatura policial da escritora Agatha Christie. O promotor citou até mesmo o julgamento do mensalão.

Mapa caso Friboi (Foto: Arte/G1)
Cronologia caso Friboi - 24/09 (Foto: Arte/G1)


O promotor disse aos jurados que o assassinato do executivo da Friboi acabou também com a vida dos filhos, dos comparsas e da própria acusada. “Giselma matou dois filhos, Carlos Eduardo e Marcos Vinicius, Giselma matou Kairon, Paulo e Osmar, e depois se matou”, disse.

Os primeiros 30 minutos da sustentação do promotor foram usados para agradecer a presença da família da vítima, vinda de Goiás, dos jurados e da imprensa. 

Em seguida, ele ressaltou a importância da decisão do Conselho de Sentença na vida da família da vítima. 

O representante do Ministério Público narrou todo o crime aos jurados. “Essa história parece um romance de Agatha Christie”, afirmou.

Cosenzo lembrou aos jurados que a liminar concedida pelo STF a pedido da defesa da ré foi analisada pelo ministro Celso de Mello. “Sabem quem deu a liminar para a Giselma? 

Foi aquele ministro do STF, o Celso de Mello, o mesmo do mensalão”, ressaltou, em referência ao voto que acabou levando a um novo julgamento para parte dos reús do caso.

Defensores

A segunda etapa dos debates foi reservada aos defensores dos dois réus. Eles falaram durante duas horas e 35 minutos. 


A advogada Vitória Nogueira, que defende Kairon, foi a primeira a falar. Ela pediu atenuante de pena pela confissão do réu, e facilitação do trabalho da Justiça.

Durante uma hora de argumentação, ela disse que o réu está se sentindo arrependido e enganado pela irmã. “Mesmo que a pessoa tenha errado e cometido um crime, como tráfico de drogas, não quer dizer que a pessoa não tenha dignidade e caráter”, afirmou. 

Ela ressaltou que o cliente dela foi manipulado, pois, na última vez que tinha visto a irmã, os dois eram ainda crianças e ela possuía uma índole diferente da atual.

Defensor de Giselma Campos, o advogado Mauro Nacif defendeu a todo momento o direito de absolvição em caso de dúvida, citando os incisos 6 e 7 do artigo 386 do Código Penal. “Se o juiz de direito togado, concursado, pode absolver pela dúvida, o júri também pode, tem o mesmo direito.”

Nacif disse que o Carlos Eduardo Magalhães tem ódio da mãe e que Kairon possui o mesmo sentimento pela irmã, por isso os dois a estão acusando. “Ele diz que não tem ódio da mãe, mas quer jogá-la em um lugar que tem ratos na água”, afirmou, em referência às condições de um presídio.

De acordo com o advogado, além da ganância financeira do jovem, a raiva de problemas na infância também foi outra motivação para o depoimento contra a mãe. “Vamos dar a ela esse crédito de confiança como o Supremo deu”, pediu, citando uma decisão do STF que permitiu que a ré ficasse em liberdade até o julgamento do processo.

Giselma nega

A ré Giselma Carmen Campos negou na quinta-feira a acusação feita pelo irmão, Kairon Valter Alves, de que seria a mandante da morte do ex-marido. "É tudo mentira", disse.  


Kairon Alves confirmou na tarde desta quinta que a irmã mandou assassinar o ex-marido.

No fim do interrogatório de Giselma, a juíza Eliana Cassales Tosi de Mello colocou os dois irmãos frente a frente. 

Ela perguntou se Kairon mantinha a versão de que a irmã era mandante do assassinato. Ele disse: "Confirmo". 

A ex-mulher do executivo voltou a repetir que era "mentira".
Questionado qual seria o motivo de Kairon a incriminar pelo assassinato, Giselma disse que o irmão havia pedido R$ 15 mil a ela para uma cirurgia de um filho, mas ela não tinha o dinheiro naquele momento para dar. Por isso, acredita que o irmão ficou com raiva dela.

O crime

Segundo a polícia e a Promotoria, Giselma passou a planejar o assassinato de Humberto depois da separação informal do casal. 


Apesar de estarem casados judicialmente, eles estavam separados na época do crime, em dezembro de 2008.

Giselma procurou o irmão Kairo Alves, no Maranhão, que havia saído da prisão, onde passou 18 anos condenado por tráfico de drogas. 

Segundo a polícia, Kairo veio a São Paulo e contratou dois pistoleiros no Centro de São Paulo. 

A investigação mostrou que Giselma pagou ao irmão e aos pistoleiros cerca de R$ 30 mil. 

Os dois foram condenados pelo crime em um julgamento anterior.

No dia da morte, um dos assassinos utilizou o celular do filho mais novo de Humberto, entregue por Giselma, e telefonou para o executivo dizendo que o jovem estava passando mal, no meio da rua. 

Humberto saiu de casa apressado e foi à rua indicada procurando o filho de casa em casa. 

Ao voltar para o carro, um motoqueiro se aproximou e depois de uma rápida discussão disparou dois tiros que mataram Humberto.

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