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sábado, junho 08, 2013

A Vale, a Amazônia e a mudança do clima

 

 

 

 

 

 Resumo

A questão do aquecimento global e de todos os impactos que ele gera extrapolou os muros da Academia e permeou toda a sociedade em todos os níveis de discussão, incluindo os grandes conglomerados corporativos e a alta cúpula dos governos ao redor do planeta a fim de se encontrarem alternativas conjuntas para minimizar os impactos das mudanças climáticas.

Este trabalho aborda a atuação da segunda maior mineradora do mundo, a Vale, na região amazônica, um dos mais ricos biomas globais, fundamental para a manutenção do clima, dos regimes das chuvas e do equilíbrio ecológico planetário e, ao mesmo tempo, uma das maiores vítimas da pressão pelo desmatamento devido a sua enorme área e às riquezas naturais de grande valor comercial presente tanto sobre quanto sob o solo da região.

Este desmatamento foi, desde o começo, financiado por políticas governamentais para uso e ocupação da região sob o discurso do desenvolvimento social. 

A Vale, como empresa pública na época, seguiu as diretrizes governamentais e implantou operações de mineração na região do Pará. 

Com a privatização do final da década de 1990 a Vale, na posição de empresa privada e alvo da fiscalização pública e da concorrência internacional passou a incorporar os princípios da sustentabilidade à sua estratégia, adequando suas operações aos mais rigorosos padrões existentes de respeito à natureza e aos stakeholders.

A Vale, pelo seu porte global, está mais exposta à opinião pública mundial. 

Os conflitos entre o que a empresa declara fazer e o que realmente é implantado levanta a dificuldade em se controlar de forma global e com os mesmos padrões, operações tão diversas, com pessoas de formações e aspirações tão diversas, em regiões também muito diversas. 

A atuação do Estado na região amazônica é levantada pela empresa como uma das causas dos conflitos com as comunidades locais que exigem da Vale o atendimento de demandas que seriam responsabilidade do Estado, como educação e saúde públicas.

Por fim, concluímos que ainda há muito que ser feito na região tanto pela Vale quanto pelo Estado, pois não se pode conceber que apenas um ator seja responsável pelo desenvolvimento sustentável de uma região do porte da Amazônia, seja ele o Estado seja ele uma empresa privada (como a Vale). 

O desenvolvimento sustentável requer uma nova forma de relacionamento entre os atores sociais, que não busque unicamente o ganho individual, mas o bem-estar coletivo, uma mudança central no sistema atual, argumento alinhado às reivindicações das negociações para minimização dos impactos da mudança climática.

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