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sábado, maio 25, 2013

Médicos fazem protesto em Maceió contra contratação de estrangeiros

Médico do exterior que atuar em área carente não precisará fazer avaliação.
Profissionais e estudantes realizaram ato público na orla de Ponta Verde.

Michelle Farias Do G1 AL
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Médicos e estudantes de medicina realizaram um protesto na orla da Praia de Ponta Verde, em Maceió, na manhã deste sábado (25), contra a importação de profissionais estrangeiros da área de saúde. 

A mobilização, que contou com cerca de 100 pessoas, é em protesto à proposta de dispensa da revalidação do diploma de médicos estrangeiros.

Em contrapartida, esses estrangeiros só poderão atuar nas áreas carentes determinadas pelo governo, em periferias e no interior. 

O período de atuação não deve passar de três anos. Depois disso, se quiserem continuar trabalhando no Brasil, esses profissionais terão de fazer o exame.

Médicos e estudantes perticipam de ato público contra o Revalida (Foto: Michelle Farias/G1) 
 Médicos e estudantes perticipam de ato público contra o Revalida (Foto: Michelle  
 Farias/G1)
 
 
Segundo o médico Luiz Gustavo Omena, o Brasil não possui estrutura para que os médicos possam trabalhar. “Os médicos que trabalham no interior ficam reféns da política do município onde atua. 

Muitos não possuem carteira assinada e nem qualquer tipo de vínculo com o município. Essa realidade tem que mudar”, afirma.

Os médicos reclamam ainda de uma tentativa frustrada do governo federal em implantar o Programa de Valorização do Profissional em Atenção Básica (PROVAB), que, na prática, servia para estimular a formação do médico para a real necessidade da população brasileira e levar esse profissional para localidades com maior carência.

“Foi uma tentativa frustrada porque, dos 14 mil inscritos, apenas 4 mil aderiram ao programa. 


O número foi insuficiente e, por isso, resolveram importar os médicos”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão.

Médicos e estudantes perticipam de ato público contra o Revalida (Foto: Michelle Farias/G1) 
 Médicos e estudantes perticipam de ato público contra o Revalida (Foto: Michelle  
 Farias/G1)
 
 
Ainda segundo Galvão, os profissionais de outros países, a exemplo de Cuba, não são qualificados. “A medicina de Cuba é totalmente diferente da nossa. 

Esses médicos não conhecem a realidade brasileira, nem as doenças. 

O Brasil só investe 4% do PIB em Saúde e deveria investir pelo menos 10%. 

É muito difícil trabalhar sem estrutura e valorização”, reforça o presidente do Sinmed.

Os estudantes de medicina também participaram do evento. 

Barbara Vasconcelos está no último ano do curso e espera que o governo repense a medida. “Depois que comecei a estagiar, vi que falta estrutura. 

Não sei se até eu me formar o governo vai cuidar do médico”, diz.

Revalida

O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) é um exame nacional que reconhece diplomas estrangeiros de medicina dividido em duas fases. 


A 1ª é formada por questões de múltipla escolha e discursivas, já a 2° fase testa habilidades clínicas dentro das áreas do exercício médico: clínica médica, cirurgia, ginecologia-obstetrícia, pediatria, medicina da família e comunidade e saúde coletiva. Ambas são eliminatórias.

Após a validação do diploma, o médico terá de se registrar no Estado onde pretende trabalhar e adquirir o registro profissional para poder atuar.

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