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terça-feira, abril 02, 2013

Pai de menino morto no RJ ‘chorou compulsivamente’, diz delegado

Heraldo voltou a negar relacionamento com manicure.
'Não houve vingança, houve ganância', disse o delegado.

Cristiane Cardoso Do G1 Rio, em Barra do Piraí
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Pais de João Felipe deixaram a delegacia pouco depois das 12h desta terça-feira (2) (Foto: Cristiane Cardoso/G1) 
Pais de João Felipe deixaram a delegacia pouco depois das 12h  (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
 
 


Em depoimento na manhã desta terça-feira na 88ª DP (Barra do Piraí), o empresário Heraldo Bichara Júnior, pai do menino Felipe Bichara, de 6 anos, morto em 25 de março, "chorou compulsivamente", segundo o delegado responsável pelo caso, José Omena. 

Ainda de acordo com ele, Heraldo mostrou uma filmagem na qual aparece brincando com o filho. “Nós que somos pais, 
 sabemos que os nossos filhos são a nossa motivação de vida. 

Tiramos da gente para dar para os nossos filhos”, disse Omena.

Heraldo voltou a negar o relacionamento com a manicure Susana do Carmo Figueiredo, que confessou ter sequestrado e matado a criança em um quarto de hotel. 

De acordo com o pai do menino, a mulher teria enviado uma mensagem para o celular dele entre junho e julho do ano passado. De acordo com ele, foram três mensagens no intervalo de três dias. A primeira foi "oi, tio Sukita". A segunda, "eu gosto de você" e a, terceira, "vamos sair?".

Somente na terceira mensagem Heraldo identificou que era de Susana. Nas duas primeiras ele contou que retornou e a ligação caía em uma musica. Quando conseguiu falar, ela teria se identificado e convidado Heraldo para sair. Em resposta, ele teria dito: "Para mim não dá", contou o delegado. Na época do ocorrido, o pai do menino achou melhor não contar nada para a mulher, Aline Santana..
 
Pai do menino João, o empresário Heraldo Bichara Júnior deixa a delegacia ao lado da esposa Aline Santana (Foto: ALESSANDRO COSTA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO) 
Empresário Heraldo Bichara Jr e a esposa Aline
Santana deixam a delegacia (Foto: ALESSANDRO
COSTA/Agência O Dia/ Estadão Conteúdo)
 
 
Em uma das versões dadas por Susana durante depoimento, ela chegou a dizer que teve um relacionamento amoroso com o pai da criança. 

Com a declaração do pai, o delegado segue com a linha de investigação de sequestro e afirma que existe uma carta descrevendo esse plano. “Não houve vingança, houve ganância. Com a cartinha é possível chegar a essa conclusão”, disse o delegado, ressaltando que vai pedir, até amanhã (quarta-feira), a quebra dos dados telefônicos para saber com quem Susana falava mais e para quem ela ligou quando estava no hotel com a criança.

Para Omena, desde o início a intenção da manicure era pedir o resgate e matar o menino, já que a criança poderia reconhecê-la. "A Susana tinha múltiplos objetivos nesse fato. Apesar de ele ter recusado, isso não afastaria o objetivo nele", afirmou.


O diretor da Delegacia de Polícia da Área (5ª DPA), da região Sul Fluminense, Ricardo Martins, acompanhou o depoimento de Heraldo e declarou que o pai do menino continua muito abalado. "Ele está muito magoado, muito traumatizado", afirmou. De acordo com Martins, as investigações continuam.

Na segunda-feira (1°), a polícia ouviu os depoimentos de Simone de Oliveira, mãe de Susana, que entregou anotações em um caderno, com detalhes de um plano de sequestro feito pela manicure. 

Em seguida foi a vez de um ex-namorado de Susana depor. Maicon Santiago Olimpio, de 25 anos, contou detalhes do relacionamento e lembrou que ela dizia odiar a criança e era assediada pelo pai da vítima, Heraldo Bichara Júnior.

"Quando eu morava com ela, ela era maneira. Isso tem entre um ano e 10 meses. Ela falava comigo que o marido da Aline [mãe de João] ficava assediando ela. Se é mentira ou verdade, eu não sei. 

Ela falava que ia continuar fazendo unha. Eu não vi, então não me sentia traído. Ela falava que não tinha nada com ele”, disse Maicon, na delegacia. “Falava que odiava o filho dela [de Aline], que ele batia nela, que se fosse filho dela iria dar uns tapas. Eu falava pra ela sair, mas ela dizia que precisava”, acrescentou.

Manicure Susana do Carmo está em Bangu  (Foto: Divulgação / Seap) 
Manicure Susana do Carmo está em Bangu
(Foto: Divulgação / Seap)
 
 
Exame de gravidez
Entre os pertences de Susana, foi encontrado um exame de gravidez, com data de outubro de 2012. 


A mãe não disse se houve aborto, mas informou que teria engravidado de um homem a quem chamava de “Coroa”. Segundo Omena, a mãe falou que ele teria ameaçado ela por conta da gravidez.

De acordo com o ex-namorado, ela dizia que o filho era dele. "Ela falou que era meu, mas pode ter dito que era do Ícaro [outro ex-namorado] também, e sei lá de mais quem. 

Quando terminei com ela soube que ela tinha um monte de homem. Tem mais de 11 meses que não tenho mais nada com ela."

Mãe revela plano de sequestro

A mãe da manicure apresentou ao delegado José Mario Omena, na manhã desta segunda, uma carta detalhada em que a manicure revela o plano de sequestrar uma criança e pedir R$ 300 mil de resgate. "Pelo contexto, só pode ser do João", afirmou Omena.


Segundo o delegado, na carta feita em duas folhas de caderno, a manicure descreveu o plano, detalhando que ligaria para escola, pegaria a vítima e reservaria o quarto de hotel. 

Durante a descrição da contabilidade, em momento algum, segundo Omena, Susana menciona pagamento a terceiros, reforçando a tese de que ela agiu sozinha. "Se ela ia pedir resgate depois, a gente não deu tempo para isso, pois ela ia pedir com a  criança morta mesmo", disse.

No dia do crime, Susana ligou para a escola onde João estudava se passando pela mãe dele, pediu que a criança fosse liberado da aula e o levou de táxi até um hotel, onde teria asfixiado o menino. O corpo foi achado em uma mala, na casa da manicure. O motivo ainda não ficou claro para a polícia, já que a manicure contou versões variadas da história.

Susana teria escrito em folhas de caderno o plano do sequestro (Foto: Cristiane Cardoso/G1)Susana teria escrito em folhas de caderno o plano do sequestro (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
 
 
A carta feita em duas folhas de papel foi encontrada na casa da manicure, mas, para o delegado, mesmo com os detalhes do plano de sequestro, Susana não tinha intenção de devolver o menino. “Em momento algum ela pensou em devolver a criança para a família. 

Uma coisa que me causou estranheza foi ela escrever para si mesma", disse Omena, ressaltando que vai analisar as ligações feitas e recebidas no celular da manicure.

A pena para sequestro com morte é maior do que homicídio qualificado, segundo o delegado. "Extorsão mediante sequestro com morte é a maior pena mínima, 24 a 30 anos", afirmou ele, acrescentando que para homicídio a pena mínima é de 12 anos e máxima 30 anos.

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