Em média chegam 200 haitianos por dia no interior do Acre.
Governo está preocupado com capacidade de assistência aos imigrantes.
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Haitianos estão no alojamento improvisado em um ginásio de Brasiléia (Foto: Nonato Souza/ Ascom Sesp)
Ao todo são 1.550 homens, 150 mulheres e duas crianças que estão hospedados provisoriamente no Clube Social Brasiléia, de acordo com informações do governo do Acre.
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O grande número de imigrações preocupa o governo estadual. Segundo o
secretário de Segurança Pública, Ildor Reni Graebner, embora o governo
do estado tenha o cuidado de garantir assistência ao povo haitiano, essa
capacidade de apoio pode estar próxima do limite. "Brasiléia não está
conseguindo comportar tantos imigrantes", disse.Apesar da situação, ele garante que os imigrantes são pacíficos e o único problema foram alguns casos de embriaguez.
Para evitar o problema, a Polícia Militar passou a fiscalizar os alojamentos à procura de bebidas. "Desde sexta-feira (5) a Polícia Militar começou a fazer visitas aos alojamentos duas vezes por dia para manter a ordem.
Felizmente os haitianos são um povo pacífico e não causam muitos problemas", explica.
A Polícia Federal afirmou que vai reforçar o atendimento para regularizar a documentação a partir de domingo (7) , para que durante a semana sejam atendidos diariamente 100 haitianos. Atualmente, apenas 10 haitianos são atendidos todos os dias.
Com 200 haitianos chegando diariamente na cidade,
a situação preocupa o governo estadual (Foto: Nonato Souza/ Ascom Sesp)
Uma comissão de secretários ligados à Segurança Pública, Direitos Humanos e da Assistência Social foram à cidade e entrou em contato com o comando do 4º Batalhão de Infantaria e Selva (4º BIS) em busca de tendas para minimizar a superlotação do acampamento.
Brasiléia tem 21.398 habitantes, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A imigração
O processo de imigração haitiana para o Brasil teve início pouco depois do terremoto, que há três anos matou mais de 250 mil pessoas e deixou 1,5 milhão de desabrigados.
Por causa das condições precárias dos acampamentos, uma epidemia de cólera obrigou parte da população a buscar refúgio no Brasil.
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