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sábado, março 16, 2013

Troca ministerial 'fortalece', avalia base; para oposição, é 'eleitoreira'

Para atender PDT e PMDB, Dilma Rousseff trocou três ministros.
Mudanças envolvem Agricultura, Trabalho e Secretaria da Aviação Civil.


Parlamentares da base aliada afirmaram nesta sexta-feira (15) que a minirreforma ministerial realizada pela presidente Dilma Rousseff para atender o PDT e o PMDB “fortalece” o governo. Para a oposição, as trocas têm objetivo “eleitoreiro”, a fim de garantir o apoio dessas siglas na eleição presidencial de 2014.

Dilma anunciou na noite desta sexta trocas de ministros em três pastas. O deputado federal Antônio Andrade (PMDB-MG) assumirá o Ministério da Agricultura no lugar de Moreira Mendes (PMDB-RS). O atual ministro de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco (PMDB-RJ), ocupará a Secretaria de Aviação Civil, em substituição a Wagner Bittencourt, técnico sem filiação partidária.

Para o Ministério do Trabalho, vai o secretário-geral do PDT, Manoel Dias. Ele ocupará o lugar de Brizola Neto (PDT-RJ), que não conseguiu obter o apoio da cúpula do partido. 


Para o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), as trocas realizadas pela presidente eram necessárias para “unificar a base aliada”.

“Acho que foi uma mexida necessária. A presidenta tem dimensão da importância de manter a base aliada unida. O nosso governo sabe o que quer. O PDT e o PMDB são necessários e ela fez o que manda a cartilha”, afirmou.

A oposição criticou as mudanças, as quais classificou de “eleitoreiras”. Para o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), as trocas são “uma peça de campanha”, “No caso do PDT, politicamente ela garante apoio desse partido. E com relação ao PMDB, ela troca peças sem critérios técnicos, com critérios eminentemente política.”

Agripino disse “temer” que as ações dos ministérios nos próximos dois anos tenham cunho eleitoral.  “Com o lançamento da candidatura dela pelo ex-presidente Lula e essa reforma política, o que eu temo é que os próximos dois anos de governo sejam voltados paro o interesse na reeleição e não o interesse da sociedade brasileira”, disse.

Para o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), as mudanças feitas nos ministérios resolvem apenas conflitos internos dos partidos e são pouco significativas. “Essas mudanças não têm a menor importância. Além de resolver pequenas contendas nos partidos que já estão na base do governo, não tem a menor importância. É um governo grande e franco”, declarou Aloysio.

Para o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), Dilma procura antecipar a campanha eleitoral. “É mais uma mudança visando a campanha eleitoral de 2014. O prejuízo para o país é muito grande. O que vai acontecer é um maior aparelhamento da máquina pública e a utilização dos ministérios para atender a interesses eleitoreiros”, disse.

Os líderes dos dois partidos beneficiados pela troca ministerial comemoraram e admitiram que a decisão aproxima o governo de PDT e PMDB.
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse que reforma ministerial é positiva para o partido. Segundo ele, a indicação de Antônio Andrade para o Ministério da Agricultura fortalece o PMDB porque é de um "grande" estado.

Eunício Oliveira também elogiou o novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, a quem atribuiu “grande experiência”. “Espero que Antônio Andrade faça um trabalho (Agricultura) à altura do que fez o Mendes Ribeiro. Tenho certeza que ele dará continuidade ao trabalho feito anteriormente pelo Mendes. Já o Moreira Franco (Aviação Civil) é um companheiro histórico do partido, e foi para um ministério de mais responsabilidade. Ele tem experiência para lidar com certos temas, já foi governador, ministro e é capaz. Fará um belo trabalho lá dentro.”

O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), afirmou que a troca feita por Dilma no Ministério do Trabalho vai reforçar a relação do partido com o governo federal. De acordo com o deputado, a presidente busca se “reaproximar” do PDT ao substituir Brizola Neto por um  nome que conta com o apoio da cúpula da sigla.

“A ida do Manoel Dias para o Ministério do Trabalho simboliza uma aproximação da presidenta com o partido. Em 2012, não houve esse diálogo. A indicação do deputado Brizola Neto para a pasta sempre foi vista pelo partido como indicação pessoal da presidenta Dilma. Ele não tinha o respaldo do partido. A troca é uma tentativa de reaproximação do governo com o PDT que pode gerar um canal mais direto de diálogo”, disse. Ele destacou, contudo, que o apoio do PDT à presidente Dilma na eleição de 2014 ainda não está garantido.

Para o líder do PDT no Senado, Acir Gurgacz (RO), a nomeação de Manoel Dias para o Ministério do Trabalho representa uma ligação maior do governo da presidente Dilma Roussef com o partido. Mas ele também negou que esteja confirmado apoio ao PT em 2014.

“A ida do Manuel pro Ministério deixa mais clara a ligação do PDT como um todo com relação ao governo da presidenta Dilma. Com o Brizola Neto, ela tem contato com uma pequena parte do PDT. Com o Manuel Dias, ela tem contato com todo o PDT”, disse.

PSD de Kassab

O líder do PSD no Senado, Sérgio Petecão (AC), disse não estar surpreso com o fato de a sigla não ter sido incluída na minirreforma. Nas últimas semanas, houve discussões no meio político sobre a possibilidade de o partido de Gilberto Kassab ganhar o comandar do novo Ministério de Micro e Pequenas Empresas.


Segundo Petecão, a alteração na chefia das pastas abre a possibilidade de aproximação do PSD com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), caso ele se candidate à presidência em 2014.

“Penso que essa minirreforma consolida a aliança do governo com o PMDB e abre possibilidade grande de aproximação de Kassab com Eduardo Campos. Se o Kassab tivesse a possibilidade de participar do governo, ele já não faria parte agora?”

Nesta quarta, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e atual presidente nacional do PSD, afirmou que não teria o comando de um ministério em caso de reforma no governo. Kassab disse preferir manter independência.  “Na última reunião da direção nacional, o Kassab falou queu não tinha nada acertado (sobre cargo em ministério), que o PSD ainda não tinha conversado com a presidente Dilma”, disse Petecão.

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