Complexo cultural é 1º projeto concluído da revitalização da Zona Portuária.
Inauguração acontece no mesmo dia em que a cidade completa 448 anos.
Quase três anos depois do início das obras, os cariocas ganham, na noite desta sexta-feira (1º), a primeira obra concluída do projeto de revitalização da Zona Portuária da cidade. É o Museu de Arte do Rio (MAR), complexo cultural que inclui dois prédios: a Escola do Olhar, cuja proposta é formar professores e alunos a partir da conjugação de arte e educação; e o Palacete Dom João VI, que vai abrigar exposições nas oito salas distribuídas por seus quatro andares.
Fachada
do Palacete Dom João VI, um dos prédios que
compõem o Museu de Arte do
Rio (MAR): edifício
abrigará oito salas de exposições a partir desta
sexta
(1º) (Foto: Alexandre Macieira/Riotur)
Para acessar o palacete, o público terá obrigatoriamente que entrar no complexo pela escola. Por meio de um elevador, os visitantes chegarão ao último andar, onde encontrarão uma passarela que dá acesso ao prédio expositivo. As mostras, então, poderão vistas de cima para baixo, do terceiro andar ao térreo.
Retratos
dos escritores Oswald de Andrade (à esq.) e
Mario de Andrade pintadas
por Anita Malfatti, da mostra
'O colecionador: arte brasileira e
internacional na
Coleção Boghici' (Foto: Alexandre Durão/G1)
O detalhe fica por conta da disposição das peças, organizadas em dois grandes círculos. No primeiro, as telas ficarão voltadas para o centro da sala; na segunda, viradas para as paredes, numa alusão ao movimento de sístole e diástole, como definem os curadores.
Detalhe
de um dos salões onde será exposta parte da
coleção do marchand e
colecionador de arte Jean Boghici
(Foto: Alexandre Durão/G1)
Um piso abaixo, a "Vontade construtiva na Coleção Fadel" reúne aproximadamente 230 peças, todas produzidas por artistas plásticos brasileiros participantes dos movimentos concreto e neoconcreto, que surgiram e se desenvolveram durante as décadas de 1950 e 1960.
São destaques obras de Willys de Castro, Hercules Barsotti, Lygia Clark, Franz Weissemen, Ligya Pape, Hélio Oiticica e Aloísio Carvão, entre outros, sob curadoria de Paulo Herkenhoff e Roberto Conduru.
Com curadoria de Clarissa Diniz e Paulo Herkenhoff, "O abrigo e o terreno - Arte de sociedade no Brasil I" será instalada no térreo e vai incluir obras relativas às questões do direito à habitação, à política territorial, à ocupação do espaço público e aos grandes projetos de reforma urbana, além das relações de inclusão e exclusão no contexto urbano.
Além de projetos coletivos, também serão expostas obras de Antonio Dias, Bispo do Rosário e Lygia Clark, entre outros, e penetráveis de Helio Oiticica e Ernesto Neto, que promovem interatividade com o público.
O Museu de Arte do Rio de Janeiro é uma realização da prefeitura do Rio e da Fundação Roberto Marinho.
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