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terça-feira, março 05, 2013

Justiça nega regime semiaberto ao ex-promotor Igor Ferreira

Juíza entendeu que boa conduta do detento na prisão não é suficiente.
Condenado por matar a esposa grávida está preso em Tremembé (SP).

Renato Ferezim Do G1 Vale do Paraíba e Região
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Ex-promotor Igor Ferreira (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Ex-promotor Igor Ferreira, está detido na P2,
em Tremembé. (Foto: Reprodução/TV Globo)
 
A Justiça de Taubaté, no interior de São Paulo, negou a progressão de regime ao ex-promotor Igor Ferreira da Silva, condenado a 16 anos e quatro meses de prisão por matar a tiros a própria mulher, que estava grávida, em 1998, na cidade de Atibaia (SP). A decisão da 1ª Vara de Execuções Criminais foi divulgada nesta segunda-feira (4) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Igor está preso há 3 anos e 5 meses na P2 de Tremembé, cidade vizinha a Taubaté. No último mês ele obteve parecer favorável do Ministério Público para progredir ao regime semiaberto. "É um preso de bom comportamento, na nossa avaliação não há nada que o desabone. 

O detalhe é que ele nega até hoje que tenha cometido este crime", disse o promotor Paulo Rogério Bastos, que acompanhou o cumprimento da pena de Igor até o último dia 28.

O parecer do MP não foi suficiente para a progressão. Na decisão, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani salienta que apenas a boa conduta carcerária do preso não é suficiente para progredir de regime. 

A juíza cita ainda na decisão que pesa em desfavor de Igor a natureza gravíssima do crime e o fato do condenado negar até hoje sua autoria, "utilizando de argumentos que não se coadunam com a realidade fática". O ex-promotor pode recorrer da decisão.

Os documentos encaminhados à Justiça com a solicitação de progressão de regime estão acompanhados de laudos criminológicos, também favoráveis ao preso, feitos em outubro do ano passado. 


Na ocasião, Igor e outros detentos foram atendidos por psicólogos da Secretaria de Administração Penitenciária. Entre estes presos estavam os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos (condenados pela morte do casal von Richthofen), que obtiveram o benefício de progressão de regime em fevereiro. Eles permanecem na unidade, mas foram tranferidos para uma ala onde estão presos do regime semiaberto.

Igor com sua esposa (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Ex-promotor Igor com a esposa, Patrícia Longo.
(Foto: Reprodução/TV Globo)
 
Crime e prisão

Patrícia Longo foi encontrada morta com dois tiros na cabeça, dentro do carro de Igor, na madrugada de 4 de junho de 1998, em Atibaia.


Na época, Igor alegou ter sido vítima de um assalto, tendo sido surpreendido junto com a esposa por um ladrão, que teria feito Patrícia refém. Durante as investigações do crime, a farsa foi descoberta e ele indiciado.

Em abril de 2001, Igor foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão e desapareceu em seguida, quando passou a ser procurado pela Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo.

O ex-promotor foi preso no dia 19 de outubro de 2009. Silva foi preso na Vila Carrão, na zona leste de São Paulo. Um telefonema anônimo ao plantão do 31º Distrito Policial foi responsável por acabar com uma busca, quando Igor foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Ele passou a noite no 40º Distrito Policial de São Paulo, na Vila Santa Maria, onde recebeu visita de parentes, e na tarde do dia 20 de outubro de 2009 chegou a Tremembé.

A P2


Construída em 1948, a P2 de Tremembé recebe desde 2002 os chamados presos especiais. A maioria dos 296 detentos que cumprem pena em regime fechado possui Ensino Médio ou Nível Superior.

São presos que costumam sofrer rejeição junto à população carcerária comum por terem cometido crimes como pedofilia, estupro ou assassinatos contra membros da própria família.

A unidade também abriga pessoas que correriam risco de vida em outra penitenciária, como ex-policiais e ex-agentes penitenciários, e ainda presos envolvidos em casos de grande repercussão na mídia.

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