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sábado, março 02, 2013

Juiz decreta nova prisão de Maurício Sampaio por morte de cronista

Além do empresário, quatro indiciados tiveram prisão preventiva decretada.
Ex-dirigente do Atlético-GO deixou a prisão na quinta-feira (28), em Goiás.

Gabriela Lima Do G1 GO



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O juiz Lourival Machado, da 2ª Vara Criminal de Goiânia, decretou, no fim da tarde desta sexta-feira (1º), a prisão preventiva dos cinco suspeitos de envolvimento na morte do cronista esportivo Valério Luiz de Oliveira. Entre eles está o empresário e ex-dirigente do Atlético Clube Goianiense Maurício Sampaio, apontado pela Polícia Civil como o mandante do crime.

Ao G1, o adjunto da Delegacia de Homicídios, Alexandre Bruno, disse que a polícia só deve cumprir o mandado de prisão contra Maurício Sampaio no sábado. "Quando recebemos a determinação, fomos informados que ele não estava em casa", disse o delegado.

Maurício Sampaio saiu da Casa de Prisão Provisória na quinta-feira (28), beneficiado por um habeas corpus, após 27 dias preso. Ao deixar o complexo prisional, em Aparecida de Goiânia, ele voltou a negar a envolvimento no assassinato: "Deus sabe que sou inocente".

Nesta noite, o delegado Alexandre Bruno cumpre a determinação contra os quatro envolvidos que já se encontram detidos. "Mesmo eles estando presos, temos que cumprir os mandados de prisão", explicou.


O açougueiro Marcus Vinícius, o Marquinhos, o comerciante Urbano de Carvalho Malta, e o sargento Djalma da Silva estão presos desde o dia 1º de fevereiro. O pedido de prisão temporária venceria no sábado (2). Mas o Ministério Público de Goiás se antecipou à saída dos suspeitos e teve o pedido de conversão de prisão acatado nesta sexta.

Marcus Vinícius chegou a confessar que atirou no cronista, mas, cinco dias depois, mudou sua versão e apontou o cabo Ademá Figueiredo como autor dos disparos. O militar também teve a prisão preventiva decretada.

O cabo da PM estava detido antes mesmo do fim das investigações do caso Valério Luiz. Ele é suspeito de participar de uma chacina em novembro de 2011, no Jardim Olímpico, em Aparecida de Goiânia. Na ocasião, seis pessoas foram assassinadas, dentre elas a menina Izadora, de 4 anos.


Valério Luiz foi morto a tiros, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera) 
Polêmico, cronista esportivo fazia duras críticas ao
Atlético-GO (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Inquérito

A Polícia Civil indiciou cinco pessoas pela morte de Valério Luiz, entre elas Maurício Sampaio. 


No inquérito, ainda foram citados Urbano de Carvalho Malta como agenciador. Consta no documento que ele contratou o cabo Ademá Figueiredo para matar o cronista. Marcus Vinícius participou do planejamento do crime e Djalma da Silva foi indiciado por atrapalhar as investigações da polícia, de acordo com o inquérito.

Foram quase oito meses de investigação. O inquérito policial foi entregue ao Poder Judiciário pelos delegados Adriana Ribeiro e Murilo Polati, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, na terça-feira (26). O documento possui mais de 500 páginas e mais um volume com provas técnicas contra os suspeitos.

Consta no inquérito que foram ouvidas 12 testemunhas oculares do crime, entre radialistas, funcionários da rádio onde Valério Luiz trabalhava, funcionários de escritórios e de escolas próximas, além de servidores de órgãos públicos. 

Elas contaram que o executor agiu sozinho na cena do crime.
Outra constatação apontada no documento é de que Urbano ficou na cena do crime por cerca de 40 minutos. 

Ele morava de favor em uma casa de Maurício Sampaio, que está localizada em frente à rádio onde Valério Luiz foi assassinado, a Rádio Jornal 820-AM, no Setor Serrinha, na capital. Foi a partir dos depoimentos de amigos e de familiares da vítima que a polícia começou a investigar os dirigentes do Atlético-GO.

Perícia, Valério Luiz (Foto: Gabriela Lima / G1) 
Valério Luiz foi executado com vários tiros na porta 
da rádio onde trabalhava (Foto: Gabriela Lima / G1)
Crime

O radialista Valério Luiz, de 49 anos, filho do também comentarista esportivo Manoel de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira, foi assassinado na tarde do dia 5 de julho do ano passado, quando saía da Rádio Jornal 820-AM, no Setor Serrinha, em Goiânia. Segundo as investigações, uma moto se aproximou e disparou vários tiros contra a vítima.


Valério fazia o estilo polêmico em seus comentários.  Desde o início das investigações, a principal linha de investigação apura a relação do crime com as críticas que a vítima fazia ao Atlético-GO.

Muitas das críticas foram direcionadas a Sampaio. Por causa delas, em meados de junho a direção do time encaminhou uma carta para a rádio 820 AM e a PUC TV, emissoras onde ele trabalhava, proibindo a entrada das equipes dos dois veículos de comunicação nas dependências do clube rubro-negro.

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