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quinta-feira, março 21, 2013

Garotas que denuciam banda por estupro agradecem apoio em carta

Mensagem escrita em folha rosa teve como assinatura: 'vítimas da New Hit'.
Militante conta que elas dizem que 'quase desistiram' de seguir o processo.

Tatiana Maria Dourado Do G1 BA
16 comentários
Leitura carta das vítimas do caso New Hit, na Bahia (Foto: Divulgação/Marcha Mundial das Mulheres) 
Leitura carta das vítimas do caso New Hit, na Bahia 
(Foto: Divulgação/Marcha Mundial das Mulheres)
 
 
Militantes da Marcha Mundial das Mulheres que estão em Ruy Barbosa, no interior da Bahia, para acompanhar a série de audiências do processo em que integrantes da banda de pagode New Hit respondem por casos de estupro, se surpreenderam ao receber uma carta escrita pelas duas adolescentes que denunciaram abuso em agosto de 2012.


A mensagem, em duas folhas rosas e com tinta azul, foi entregue por uma representante do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) na manhã desta quarta-feira (20), de acordo com Maíra Guedes, 26 anos, que é professora de teatro e militante da Marcha. "A gente ficou muito feliz, emocionados, foi muito forte. A mulher sozinha não consegue romper o ciclo de violência. A gente quer dar muita força para elas aguentarem o processo até o final. E elas falam isso, que a mobilização tem fortalecido elas".


Leitura carta das vítimas do caso New Hit, na Bahia (Foto: Divulgação/Marcha Mundial das Mulheres) 
Leitura carta das adolescentes que denunciaram
(Foto: Divulgação/Marcha Mundial das Mulheres)
 
 
Assinada como "Vítimas da New Hit", na carta, as adolescentes falam da dificuldade de ficar longe da família, dos amigos, de morar em outro estado e afirmam que o processo é muito "doloroso". "Elas falam que, nesses seis meses, quase desistiram por diversas vezes, mas que optaram em não recuar pela força que estão recebendo", relata Maíra Guedes.


A militante informa que cerca de 30 mulheres estão na cidade desde domingo (17) para acompanhar as audiências de instrução que foram iniciadas na segunda-feira (18). De acordo com Maíra Guedes, representantes de outras entidades, como do Movimento Sem-Terra, também se juntaram em prol do caso.


O último dia de audiência, previsto para esta quarta-feira (20), foi adiado a pedido da defesa dos réus, que seriam interrogados na ocasião. A solicitação foi deferida pela juíza Márcia Simões. 


A razão de adiar o interrogatório se deve ao fato de que todas as testemunhas precisam ser ouvidas antes dos suspeitos, segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), sendo que 37 ainda não prestaram depoimentos, o que deve acontecer por meio de carta precatória, porque moram em outras cidades.


O interrogatório dos nove músicos e do policial militar que fazia a segurança do grupo de pagode está previsto para os dias 3, 4 e 5 de setembro. No final da manhã desta quarta-feira, foi coletado o DNA dos réus para que seja confirmado, ou não, se as secreções encontradas nas roupas das vítimas são dos acusados.


Audiências


Uma das adolescentes que denunciou o caso prestou depoimento por mais de quatro horas na terça-feira (19). A outra jovem já havia prestado depoimento na segunda (18). O conteúdo dos depoimentos não é revelado pela Justiça.



Os integrantes da banda chegaram ao fórum de Ruy Barbosa sob protestos de mulheres. A polícia reforçou a segurança para impedir que as manifestantes se aproximassem dos suspeitos. No primeiro dia, eles também foram recebidos por gritos e vaias.


Mulheres realizam protesto (Foto: Maíra Guedes/ Marcha Mundial das Mulheres)Mulheres fizeram protesto em Ruy Barbosa, na Bahia (Foto: Maíra Guedes/ Marcha Mundial das Mulheres)
 
Caso

Nove integrantes da banda New Hit ficaram presos 38 dias sob a suspeita de envolvimento no estupro das duas vítimas. Eles foram soltos no dia 3 de outubro mediante um pedido de habeas corpus. Um policial militar que fazia a segurança do grupo também é suspeito de ter sido conivente com o crime. Todos eles, inclusive o PM, foram indiciados por estupro e formação de quadrilha no dia 25 de setembro.



O caso ocorreu após a participação do grupo em uma micareta da cidade de Ruy Barbosa. O grupo New Hit tocou em um trio elétrico e depois recebeu as vítimas foram no ônibus da banda, para tirar fotos. Segundo relato das garotas, elas foram até o trio da banda para pedir autógrafos e tirar fotos com os artistas. Um produtor do grupo teria orientado as garotas a ir para o ônibus da banda.

Segundo a polícia, dois integrantes admitiram que fizeram sexo com as adolescentes, porém com consentimento. Os outros negaram que tiveram relação sexual com as garotas.Os músicos disseram que não têm costume de receber fãs no ônibus da produção e que isso teria ocorrido por se tratar de uma ocasião especial.


"Como foi um lance de trio, foi uma ocasião especial porque não tinha onde tirar foto, já tinha outra banda para subir para levar o percurso do trio e foi uma ocasião especial", disse Eduardo Martins, vocalista da New Hit na época do ocorrido.


Perguntado sobre a versão deles sobre as acusações, Martins disse: "Não podemos falar sobre os fatos por segurança dos nossos advogados e não podemos entrar em detalhe sobre os fatos, mas a Justiça vai fazer justiça, e com fé em Deus todas as provas vão aparecer e as coisas vão ser bem encaminhadas", explicou o músico.


Denúncia

A juíza da Vara Crime de Ruy Barbosa, Márcia Simões da Costa, recebeu no dia 4 de outubro a denúncia de estupro qualificado pelo Ministério Público da Bahia(MP-BA), de autoria da promotora Marisa Marinho.


Em nota, o MP-BA informou que a promotora relatou no documento que durante a ação uma das vítimas foi "puxada pelos cabelos, agredida fisicamente e xingada" por seis dos suspeitos. Na denúncia, a promotora classifica como "vis e animalescos" os atos cometidos contra a outra adolescente envolvida no caso.

Secretária lamenta

Em documento divulgado no dia 3 de outubro, a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Lúcia Barbosa, lamentou a soltura dos suspeitos. No documento, ela diz que “o caso merece atenção especial, uma vez que o ato possui características de crime hediondo, com participação de mais de um autor, contra vítimas que não puderam e nem conseguiriam esboçar qualquer reação de defesa”.



Ainda no documento, ela falou da importância dos responsáveis serem julgados para que o caso não fique impune. “Acreditamos que a Justiça dará os encaminhamentos necessários para a responsabilização dos acusados. O importante é não deixar este episódio impune. É preciso que o caso sirva de exemplo para a sociedade, evitando a possível sensação de impunidade. Esta é uma oportunidade de reafirmar que as mulheres baianas têm direito a uma vida sem violência”, pontuou.

Investigações

De acordo com o delegado Marcelo Cavalcanti, o laudo fornecido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), de Feira de Santana apontou que foi encontrada uma quantidade de sêmen nas roupas das meninas e de um dos músicos. Segundo a polícia, o resultado foi considerado prova material e influenciou no indiciamento dos suspeitos.




16 comentários no G1 da Globo.

Fernando Esteves

As meninas vão até os caras se oferecerem e depois dizem que sofreram estupro.

Marco Rosa

TU SABE TUDO,TU TAVA LÁ? ELAS SE OFERECERAM PARA TI TAMBÉM? NÃO DEFECA

Marco Rosa

tinha que ter pena de morte do Brasil ou pelo meno prisão perpétua, ASSIM NÃO DÁ MAIS.

Joao Junior

SOU CONTRA O ESTUPRO, É CLARO !!! MAS SÃO DUAS PIRIGUETE E AGORA QUEREM SER SANTINHAS KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Silvana Borges

Esse tipo de pensamento é tipico de"homem"que pensa exatamente como os estupradores.Se fosse homem com H maiúsculo não teria que tomar ninguém a força.Será que sua mãe tem ORGULHO do filho que criou.Se fosse SUA filha ESTUPRADA pensaria da MESMA FORMA?

Catarina S.

João Junior, essa sua frase só demonstra sua ignorância. Creio que seria mais útil que sempre que possível você recolhesse sua opinião, ela de nada serve a uma sociedade que necessita de melhoras e não de pessoas com pensamento retrógrado.

Rogerio Rangel

Catarina S. parabens ....disse tudo o que eu penso...


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