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sexta-feira, fevereiro 15, 2013

'Motoboy do YouTube' é indiciado por homicídio culposo e apologia a crime


Kleber Atalla dirigia carro que atingiu homem que atravessava rua na faixa.
Advogado cita imprudência de pedestre e nega que haja apologia.



O comerciante Kleber Atalla, de 51 anos, que ganhou fãs e críticos no YouTube por postar vídeos nos quais comete infrações de trânsito em São Paulo dirigindo uma motocicleta, foi indiciado nesta quinta-feira (14) por homicídio culposo, já que atropelou e matou um pedestre em janeiro, e por apologia ao crime em seus vídeos. A avaliação da Polícia Civil é que ele incentivou práticas como dirigir acima da velocidade permitida.

O acidente que deu origem às investigações ocorreu no dia 28 de janeiro, durante a tarde. Atalla guiava um carro modelo Fiat Strada Adventure pela Avenida Duque de Caxias quando fez uma mudança de pista, da direita para a esquerda, e atingiu o instalador Antonio Farias da Costa, de 53 anos, que atravessava a faixa de segurança para pedestres (veja no vídeo acima).

A faixa fica no cruzamento da via com a Rua Barão de Campinas. Não há placas proibindo a conversão, mas tampouco há semáforos para pedestres, o que indica que o pedestre tem a preferência para atravessar. O semáforo para veículos estava verde.
Kleber foi ouvido por cerca de uma hora na tarde de quinta e não falou com os jornalistas presentes no 3º Distrito Policial, na região central.

O advogado dele, Luiz Carlos Aguiar, afirmou que o comerciante não cometeu nenhuma irregularidade e que houve falta de cuidado por parte do pedestre. "Numa via expressa, dupla, com chuva, às 13h30, horário de alto movimento, o pedestre deveria ter sido mais prudente", afirmou.

O advogado ressaltou que Kleber parou, chamou o socorro, permaneceu por quatro horas no local e já foi à delegacia fazer os primeiros esclarecimentos.

O advogado também nega que Kleber faça apologia e afirma que, nos próprios vídeos, o comerciante recomenda que suas práticas não sejam seguidas.

Em um vídeo postado neste domingo (10) no YouTube, o motorista se eximiu de culpa no atropelamento. Afirma que não cometeu infração e que ele que foi "atropelado" pelo pedestre, que atravessou na faixa, mas no momento em que o semáforo estava aberto para os veículos.

"Pelo fato de estar chovendo demais, demais, ele atravessou a rua no maior 'pau'. [...] A hora que eu percebi, ele tinha me atropelado", diz o comerciante no vídeo. "Acabou com a minha vida esse episódio. Acabou com a vida da família do senhor Antônio, só que eu não tive culpa. O meu remorso é muito grande".

Ao ser atingido, o instalador Antonio Costa caiu na pista. Ele teve traumatismo craniano, foi socorrido e internado no Santa Casa de Misericórdia, em Santa Cecília, no Centro, onde morreu em 5 de fevereiro. A equipe de reportagem não conseguiu localizar os parentes da vítima para comentar o assunto.


Antonio Luís Tuckumantel, delegado do 3º distrito policial (Foto: Kleber Tomaz/G1) 
Antonio Luís Tuckumantel, delegado do 3º Distrito
Policial (Foto: Kleber Tomaz/G1)


O atropelamento foi gravado por câmeras de segurança de imóveis vizinhos à via. As imagens foram anexadas aos dois inquéritos policiais contra Kleber. Segundo o delegado Antonio Luis Tuckumantel, titular do 3º Distrito Policial, na Santa Ifigênia, Atalla foi "imprudente", apesar de as imagens mostrarem, no entendimento do policial, que o motorista fez uma conversão permitida, que parou o automóvel após o acidente e que ainda prestou socorro.

O delegado Arariboia Fusita Tavares, que conduz a investigação, afirmou que o comerciante não tomou as devidas cautelas. "Não obedeceu normas gerais de trânsito e não fez nenhuma frenagem", afirmou.

O laudo da Polícia Técnico-Científica sobre a velocidade do carro não foi finalizado. Também não há informação se o motorista deu seta que faria a conversão da esquerda para a direita. Caso fique comprovado que o condutor do veículo estava acima de 60 km/h ou não tenha sinalizado a mudança de faixa, qualquer uma dessas infrações entrariam como agravantes da sua conduta. Segundo a defesa de Kleber, a velocidade no momento do acidente era de cerca de 50 km/h.

A hora que eu percebi ele tinha me atropelado"
Kleber Atalla, comerciante,
investigado por atropelamento com morte
Vídeos na web

Sob o apelido de Kle621, Atalla, que mantém um comércio de peças para motocicletas, já postou centenas de vídeos no site de compartilhamento YouTube. Em sua Hornet 600, ele trafega em alta velocidade, faz ultrapassagens proibidas, dirige na contramão, e avança o sinal vermelho.

Para gravar suas irregularidades, Atalla usa uma câmera presa ao capacete. Os registros na internet foram tema de uma reportagem do G1, publicada em 17 de setembro do ano passado.  “Sei que é ilegal o que faço. Não recomendo para quem me assiste”, afirmou o motocicista à equipe de reportagem naquela ocasião.

Atalla chegou a justificar os crimes de trânsito que cometia em nome da audiência. “Estou fazendo assim porque é uma maneira de me comunicar com a molecada. Se fizer um vídeo a 30 km/h, atrás dos carros, ninguém vai querer assistir. Tem que ter um sensacionalismo.”

Como o comerciante explicou à época, os vídeos faziam parte de uma estratégida de marketing: neles ele indica seu site de venda de escapamentos e peças de moto. Procurada em 2012, a Polícia Militar havia informado que, apesar de as infrações estarem registradas em vídeo, o poder público nada podia fazer. As multas só seriam aplicadas se fossem flagradas por um agente ou radar.


Velocímetro marca 125 km/h em avenida da Zona Sul de São Paulo (Foto: Reprodução/YouTube) 
Kleber Atalla posta vídeo no qual mostra que
o velocímetro de sua moto marca 125 km/h em
avenida da Zona Sul de São Paulo
(Foto: Reprodução/YouTube)
Contravenção

Mas a conduta nos vídeos das infrações cometidas por Atalla foi analisada recentemente pela Polícia Civil. “Ele tem um comportamento contraventor como forma de marketing pessoal e comercial de fazer propaganda da sua loja virtual”, escreveu o delegado Arariboia Fusita Tavares em portaria que determinou a instauração do inquérito para apurar a suspeita de prática de apologia ao crime.

“Utiliza-se das publicações para se auto promover, assim como alavancar as vendas em sua empresa, às custas de provocações contra a administração pública, cooptando fãs e seguidores de seu comportamento irresponsável, conforme se depreende de simples leitura de comentários realizados nos mais de 500 vídeos publicados no site YouTube, fomentando desta forma a anarquia e estimulando outros ao cometimento de infraçoes”, informa a portaria.

De acordo com a investigação policial, Atalla “regozijando-se de sua conduta criminosa, afrontando as normas legais vigentes, com manobras extremamente perigosas” coloca “em risco desta forma a vida de pedestres e demais motoristas”.

No entendimento da autoridade policial e dos investigadores, o comerciante é suspeito de infringir três artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) nos vídeos que publicou na internet: 308 (participar de competição automobilística não autorizada que cause dano a outros), 309 (dirigir sem habilitação, gerando perigo) e 311 (trafegar com velocidade incompatível).

Somadas, as penas dessas três infrações podem dar penas mínimas de um ano e meio a 4 anos de detenção, além do pagamento de multa e suspensão  da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) numa eventual condenação do infrator pela Justiça.

Cruzamento da Avenida Duque de Caxias onde o comerciante Kleber Atalla fez a mudança de pista e atingiu o pedestre (Foto: Kleber Tomaz/G1)Cruzamento da Avenida Duque de Caxias onde o comerciante Kleber Atalla fez a mudança de pista e atingiu o pedestre (Foto: Kleber Tomaz/G1)


COMENTÁRIO:

Fiz questão de postar esta matéria, apenas para fazer uma observação sobre a atitude sábia e sensata do Delegado de Polícia ANTONIO LUIS TUCKUMANTEL.


É raro um Bacharel em Direito no Brasil ou qualquer um profissional com graduação universitária, ter a humildade de reconhecer que o curso que concluira, não lhe dá direito a se utilizar de um título indevido de DOUTOR, já que não passou pelo critério reconhecido no mundo inteiro, para ostentar tal título em suas "plaquinhas" de identificação profissional e/ ou nos seus cartazes comerciais, cometendo o CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA  e PROPAGANDA ENGANOSA, pelo fato de não ter pago o preço da HONESTIDADE, de complementar seus estudos em mais duas etapas acadêmicas, que é a conclusão do MESTRADO, e depois o DOUTORADO, para à partir daí, poder exibir seu título de DOUTOR (A).


Parabéns Delegado ANTONIO LUIS TUCKUMANTEL pela sua bela e linda atitude de não ostentar um título indevido usurpando assim, os méritos daqueles que pagaram o preço para conquistarem um título tão explorado de forma indevida por elementos sem escrúpulos !

Essa sua atitude não o faz desmerecer o reconhecimento do PROFISSIONAL COMPETENTE E HONESTO QUE  VOCÊ É.


Que sirva de exemplo essa sua atitude de grande NOBREZA para todos os profissionais que apenas concluiram uma graduação universitária, e não admitem reconhecerem suas limitações, de não terem o direito de se utilizarem de um título profissional  indevido, apenas para satisfazerem seus egos e suas vaidades pessoais de forma acintosa publicamente.


Valter Desiderio Barreto - Jornalista e escritor.  

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