Alimentos, carros e cigarro puxaram índice.
Desconto na conta de luz não foi suficiente para segurar IPCA.
Puxada pela alta nos alimentos, a inflação oficial subiu em janeiro. Foi a mais alta em dez anos para o mês. Ao dar uma volta no supermercado, lá estão os principais responsáveis pela inflação: tomate (+26,15%), batata inglesa (+20,58%) e cebola (+14,25%).
O clima prejudicou as safras e reduziu a oferta de vários alimentos, que responderam por mais da metade da inflação no mês. Por causa do aumento do IPI, os carros novos e o cigarro também pesaram no índice.
As contas de energia elétrica ficaram mais baratas (3,91%), refletindo parte da redução de tarifa anunciada no fim do mês. O desconto, no entanto, não foi suficiente para segurar o IPCA, que fechou janeiro com alta de 0,86%. No acumulado de 12 meses, já chega perto do teto da meta do governo, que é de 6,5%.
“A inflação no curto prazo está resistente. O Banco Central tem demonstrado essa preocupação. Nós veremos inflações mais baixas a partir de fevereiro. A inflação deve ser ligeiramente menor que a metade da inflação de janeiro, em fevereiro. Nos meses seguintes, veremos uma inflação mais bem comportada”, diz o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Um aspecto chamou a atenção dos economistas: em janeiro, mais produtos tiveram aumento de preços, o que mostra uma inflação mais disseminada e também mais difícil de controlar.
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