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quinta-feira, janeiro 24, 2013

Suspeito usou cão de vítima para facilitar morte de família, diz polícia

Suspeito de mandar matar pai, tia e prima foi preso com dois comparsas.
Ele saiu para passear com cachorro e entregou chave de casa a namorado.

Gabriela Belota com o cachorro Rick; animal também foi morto na casa (Foto: Divulgação/Polícia Civil) 
Gabriela com o cachorro Rick; animal também foi
morto na casa (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
 
O suspeito de mandar matar o pai, a tia e a prima em Manaus, Jimmy Roberto, de 33 anos, aproveitou para entregar a chave da casa aos assassinos durante um passeio com o cachorro das vítimas, conforme divulgou nesta quarta-feira (23) o delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Divanilson Cavalcanti. A tia e a prima foram mortas na segunda-feira (21) e o pai de Jimmy, na madrugada de terça-feira (22).

Além de Jimmy, foram presos pelos assassinatos o namorado dele,  Rodrigo de Moraes Alves, de 19 anos, e Ruan Pablo Bruno Cláudio Magalhães, de 18 anos. Segundo o delegado, Jimmy teria facilitado o acesso às vítimas, fingindo estar fazendo uma visita à família. O homicídio havia sido planejado por três semanas.

Segundo a polícia, o trio preparou um kit para cometer os crimes, contendo um revólver calibre 38, uma faca, um estilete, uma corda e amoníaco. Eles usaram luvas e optaram por não usar a arma de fogo para não fazer barulho. Todas as mortes seguiram as mesmas características.

Passeio com o cão

De acordo com o delegado, por volta de 17h30, Jimmy entrou no condomínio com a desculpa de ir ao apartamento pegar uma agenda. O suspeito foi atendido pela prima, Gabriela Belota, de 26 anos. A estudante recebeu Jimmy e seguiu para o seu quarto. Com a desculpa de que não tinha encontrado a agenda, o suspeito teria falado para Gabriela que iria passear com o cachorro da vítima, chamado Rick.



O suspeito, segundo a polícia, saiu então com o cachorro para caminhar pelo condomínio, e deu a chave do apartamento para os dois comparsas. O namorado de Jimmy, Rodrigo de Moraes Alves, é apontado como o responsável pela morte de Gabriela. A jovem teria sido atacada e asfixiada com um pedaço de película que escurece vidro de carro. A universitária tentou se defender, arranhando o pescoço de Rodrigo, mas morreu sufocada. Como a jovem demorou a desmaiar, os suspeitos desferiram ainda um corte no pescoço da vítima.

Caso família Belota (Foto: Arte/G1)

Segundo a polícia, Jimmy voltou então para o apartamento com o cachorro para aguardar a tia, Maria Gracilene Belota. Como o animal estava latindo, ele teria pedido aos suspeitos que matassem o animal. Ele foi degolado. A informação divulgada inicialmente  de que o animal havia sido encontrado debaixo da cama de Gabriela foi alterada pela perícia: o laudo aponta que ele tenha sido pendurado na sala, em um armador de rede.

Por volta das 20h30, imagens das câmeras de segurança mostram a mãe de Gabriela chegando ao local. Ela foi surpreendida pelos três e morta na sala da casa. Segundo a polícia, eles espancaram a vítima e cortaram seu pescoço com um estilete.

Depois de matar a tia, a prima e o cachorro, o trio saiu no carro em que chegaram, um Gol de cor prata, e levaram também o veículo de Gabriela, um Fiesta vermelho. Eles seguiram para um motel localizado próximo à Ponte Rio Negro, onde tomaram banho para tirar as marcas de sangue dos homicídios. Após se limparem, os suspeitos foram para a casa do pai de Jimmy, Roberval Roberto de Brito, no bairro São Raimundo, Zona Oeste de Manaus, onde o mataram na madrugada de terça-feira (22).

Ainda segundo o delegado, o crime foi cometido por uma herança de R$ 200 mil que seria deixada pelo pai de Jimmy, Roberval. Gabriela e Maria Gracilene teriam sido mortas porque, segundo a polícia, elas eram beneficiadas por um inventário. O delegado relatou ainda que Jimmy tinha raiva do pai porque Roberval recebia uma pensão de R$ 3 mil e só repassava R$ 500 para o filho, entre outros conflitos familiares.

Os três suspeitos foram encaminhados à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus. Eles foram indiciados por triplo homicídio qualificado, formação de quadrilha e maus-tratos de animal. Além disso, Rodrigo deverá responder por porte ilegal de arma.

 
Jimmy (esq.), Rodrigo (centro) e Ruan Pablo (dir.) 
são suspeitos de assassinar família em Manaus 
(Foto: Mônica Dias/G1 AM)
 
Filho de vítima acompanhou investigações

Suspeito de ser o mandante dos assassinatos do próprio pai, da tia e da prima, Jimmy esteve presente durante as investigações da polícia no Condomínio Parque Solimões, Zona Sul de Manaus. A informação foi confirmada pelo diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, Emerson Negreiros. "O Jimmy chegou a passar mal no condomínio onde a tia e a prima moravam, chegando a ser medicado por uma vizinha. O Rodrigo, namorado dele, foi o próximo a aparecer. Naquele momento, a Polícia já levou os dois para prestar o depoimento, que foi quando houve a confissão do Rodrigo", relatou Negreiros.

Vítimas foram mortas dentro de condomínio na Zona Sul (Foto: Camila Henriques) 
Suspeito acompanhou investigações em local onde
vítimas foram mortas (Foto: Camila Henriques/G1)
 
O delegado destacou ainda que, no condomínio, as marcas no pescoço e nos braços de Rodrigo, que, supostamente, seriam das unhas de uma das vítimas, chamou a atenção dos policiais.

"Além disso, a cena do crime, sem nenhum tipo de arrombamento, também levantou dúvidas. A casa estava pouco revirada para uma situação como essa. O Jimmy não só morou no apartamento como possuía a chave de lá.  Ele entrou no condomínio junto com o Rodrigo e o Bruno (outro participante do crime) em um carro modelo Gol, sem maiores dificuldades, porque já era conhecido no local", acrescentou.

No momento em que foram detidos, na terça-feira, a polícia encontrou revólver calibre 38. Entre os materiais apreendidos com os suspeitos estavam peças de roupa ensanguentadas de Rodrigo. No entanto, Negreiros afirmou que a arma dos crimes, um estilete, ainda não foi localizada.

Entenda o caso

Mãe e filha foram mortas em apartamento (Foto: Reprodução/TV Amazonas) 
Mãe e filha foram mortas em apartamento
(Foto: Reprodução/TV Amazonas)
 
Maria Gracilene e a filha Gabriela Belota foram encontradas mortas pela empregada doméstica por volta das 8h, na manhã de terça (22). Segundo a polícia, ambas apresentavam sinais de estrangulamento, no apartamento da família, localizado no Condomínio Parque Solimões, Zona Sul de Manaus.

O corpo da filha, que era estudante do curso de Odontologia, da Universidade do estado do Amazonas (UEA), estava em cima de uma cama, enrolado em um lençol e o da mãe, que era coordenadora-geral de Comércio Exterior da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), no corredor da residência. O cachorro da família também foi encontrado morto.

O pai de Jimmy, Roberval Roberto de Brito, de 63 anos, foi encontrado morto também na terça-feira, na casa em que vivia. Conforme a Polícia Militar, ele foi encontrado jogado em cima da cama com as mãos amarradas, também com sinais de estrangulamento.

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