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quinta-feira, janeiro 24, 2013

Jovem que abortou em MT espera aval da Justiça para voltar a Portugal

Menina está sob os cuidados do estado desde que interrompeu gravidez.
Também indiciada pelo crime, cantora tenta levar filha para Portugal.


A jovem portuguesa, de 14 anos, que cometeu aborto em Cuiabá deverá ser ouvida pela Justiça antes de seguir com a mãe, a cantora Maria Adelaide Mengas Matafome, de 54 anos, para Portugal. A jovem está sob os cuidados do estado desde que realizou o aborto forçado ao ingerir medicamentos abortivos adquiridos pela internet. Ela está em uma casa de internação para meninas em vulnerabilidade social, na capital.

O Ministério Público Estadual (MPE) requereu que a menina preste serviços à comunidade por ter cometido o aborto. A manifestação do promotor da Infância, Manoel Resende Rodrigues, foi encaminhada à 2ª Vara da Infância e Juventude de Cuiabá que irá dar o desfecho do caso.

Desde esta quarta-feira (23), a mãe da menina está no Brasil para tentar levá-la de volta para casa. Ela foi indiciada pela Polícia Civil de Mato Grosso por ter, supostamente, auxiliado a filha a cometer aborto. Para o delegado que investiga o caso, Paulo Araújo, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), mesmo indiciada, a cantora não terá dificuldades em deixar o Brasil.

À polícia, a cantora negou ter prestado ajuda à filha para interromper a gravidez de três meses. Ela não falou à imprensa. Em entrevista ao G1, o advogado da cantora, Isaque Rocha, informou que ela só teria tomado conhecimento da situação no dia do fato.

Cantora portuguesa foi intimada a prestar depoimento após visitar filha (Foto: Dhiego Maia/G1) 
Cantora portuguesa negou à polícia de MT que
auxiliou filha a abortar (Foto: Dhiego Maia/G1)
 
“Houve uma conversa pela webcam entre as duas [no dia anterior]. Ela percebeu que a filha estava diferente e brincou que a menina estava grávida, mas não levou a sério”, disse o delegado. Horas depois, a cantora teria recebido um e-mail da filha dizendo que ela estava no hospital. “No amanhecer daquele dia [ 4 de janeiro] ela recebeu a notícia [ do aborto] e ordenou às pessoas que estavam com ela para que a filha fosse levada para o hospital”, ressaltou o advogado.

As alegações da artista, segundo o delegado que investiga o caso, Paulo Araújo, chocam-se com as investigações da polícia. Apesar do aborto ser permitido em Portugal, a polícia suspeita que a cantora não queria se envolver em um escândalo no país europeu e preferiu que a filha fizesse o aborto no Brasil

De acordo com o delegado, no dia em que a filha foi internada por complicações decorrentes do remédio abortivo que ingeriu, a cantora ligou ainda por volta de 5h [ do dia 4] no telefone fixo da casa do namorado da filha “falando com cada um em separado para não dizer quem era o pai e que a adolescente já veio grávida de Portugal para o Brasil”, ressaltou o delegado.

Em uma ligação telefônica monitorada entre a cantora e a adolescente, na Casa de Retaguarda Paulo Prado, onde a menina está aos cuidados do estado, um relatório encaminhado à polícia também dá conta que Maria Adelaide teria reclamado da filha pelo depoimento prestado à polícia. “Por que você falou a verdade à polícia?”, teria dito Maria Adelaide por telefone.

Entenda o caso
Remédio abortivo e receita encaminhados à menina foram apreendidos pela polícia (Foto: Polícia Civil) 
Remédio abortivo e receita encaminhados à menina
foram apreendidos pela polícia (Foto: Polícia Civil)
 
Além da mãe portuguesa, a polícia indiciou o namorado brasileiro, de 21 anos, e a mãe dele, por também tentarem acobertar o crime. O caso foi descoberto na madrugada do dia 4 de janeiro quando a garota deu entrada no Hospital Universitário Júlio Müller.

Ela apresentava um quadro grave de hemorragia provocado pela ingestão de quatro comprimidos contendo substância altamente abortiva. Três horas depois de tomar o medicamento, ela entrou em trabalho de parto que só foi concluído quando o feto foi expelido no vaso sanitário da unidade hospitalar.

A garota de 14 anos conheceu o rapaz brasileiro na região de Vila Caiscais, em Portugal. O casal passou a morar na casa da mãe da adolescente desde fevereiro de 2012 e, no dia 28 de setembro do ano passado, ambos viajaram para Cuiabá. A jovem portuguesa queria conhecer a família do namorado. Na capital, a menina descobriu que estava grávida ao fazer dois testes de farmácia.

Em depoimento à polícia, a menina disse que tomou a decisão de abortar e, mesmo o namorado tendo se mostrado contrário à decisão dela, foi auxiliada por ele a fazer pesquisas na internet para localizar abortivos. Eles resolveram adquirir o medicamento de uma organização internacional que auxilia mulheres em dificuldade para manter uma gravidez.

O remédio foi adquirido em um site holandês. Um médico austríaco emitiu uma receita e os 10 comprimidos remetidos pela Índia foram encaminhados à casa do namorado da adolescente, em Cuiabá, ao custo de R$ 88. O delegado que investiga o caso também solicitou à Justiça a proibição de veiculação do site por meio do qual a portuguesa adquiriu os medicamentos.

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