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terça-feira, setembro 20, 2011

ENTREVISTA COM GUSTAVO IOSCHPE



O Jornal Nacional conversou com o especialista em Educação Gustavo Ioschpe, que foi consultor na blitz que o JN no Ar fez, em maio, em escolas das cinco regiões brasileiras.

Fátima Bernardes: O que o senhor considera mais importante nesses resultados que foram divulgados do Enem?

Gustavo Ioschpe: O quadro não é bom. Em primeiro lugar porque o aluno brasileiro está aprendendo pouco. O jovem está saindo da escola e vai ter muitas carências para o resto da sua vida. Mais importante do que esse abismo entre as escolas públicas e privadas no Brasil é o abismo do Brasil em relação aos outros países do mundo, especialmente os desenvolvidos. Em segundo lugar, essa melhora é muito pequena em relação ao déficit educacional que o Brasil tem. Estamos a passos de tartaruga quando deveríamos estar em passos de coelho.

William Bonner: O Enem mede o desempenho dos alunos e não das escolas. Como o pai de um aluno pode avaliar uma instituição de ensino?

Gustavo Ioschpe: Para os pais que têm filhos muito pequenos o primeiro indicador é a alfabetização. Uma escola boa consegue alfabetizar o aluno, no máximo, no final do segundo ano, de preferência no final do primeiro ano. Para os alunos que já têm uma idade um pouco maior, o melhor indicador é o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que mede a escola como um todo, e não apenas os alunos individualmente, e dá nota para o quinto e nono anos, o que permite um diagnóstico mais cedo.
Fátima Bernardes: O que você recomendaria para os pais que estão preocupados com o resultado das escolas?

Gustavo Ioschpe: A primeira coisa é descobrir o Ideb da escola, aí ele pode identificar se o problema do baixo desempenho do Enem é causado pelos poucos alunos que fizeram o teste ou se é um problema da escola. Se for um problema da escola, se o Ideb, que vai de 0 a 10 for baixo, tiver uma nota abaixo de 5, aí tem duas coisas que os pais devem fazer. A primeira é conversar com a escola, mostrar sua insatisfação e cobrar que a escola tenha um desempenho melhor. A escola precisa ensinar. A segunda coisa é o trabalho dentro de casa, o pai estimular o filho. Fazer com que ele faça o dever de casa, não falte a aula, não faça bagunça, respeite o professor, dando esse estímulo é uma contribuição que o pai pode dar para que o aluno e, consequentemente a escola tenha um desempenho melhor.

Fonte: Blogdoalderi.

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