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terça-feira, março 01, 2011

FESTA DE PEÃO DE BARRETOS CADA VEZ MAIS ELITIZADA








A famosa “Festa de Peão” de Barretos que acontece todo ano no mês de agosto, cada vez mais vai perdendo sua originalidade, prestígio e público. Não fosse a ganância de seus organizadores e falta de senso do ridículo, a festa de peão de Barretos, teria tudo para ser uma das festas mais populares do Brasil. Para entender o que estamos dizendo aqui, vamos contar de forma reduzida como tudo começou.

“A história de Barretos se confunde com o rodeio brasileiro. Até 1955, Barretos era uma pacata cidade que tinha na pecuária sua principal atividade econômica. Passagem obrigatória dos “corredores boiadeiros”, como eram conhecidas as vias de transporte de gado entre um estado e outro Barretos, era sede também do frigorífico Anglo, instalado em 1913 e de propriedade da família real inglesa, suas instalações lembram uma autêntica vila inglesa. Era na época o maior da América Latina. Mas eram os peões das comitivas, que reunidos para descansarem, acabavam criando mil maneiras para se divertirem.

E como não podia deixar de ser, nestes encontros tentavam mostrar suas habilidades na lida com o gado. Nesta época era freqüente em Barretos a vinda de dançarinas de cabarés franceses para entreter fazendeiros e os peões de comitivas. Em um sábado de 1947, na quermesse realizada pela Prefeitura de Barretos, na praça central da cidade, acontece o primeiro rodeio do país, realizado dentro de um cercado com arquibancadas. E foi assim, que em 1955, nasceu numa mesa de bar, o lendário CLUBE OS INDEPENDENTES.

Um grupo de rapazes solteiros e auto-suficientes, como era a regra, ligados a agropecuária local, teve a idéia de promover festas inspiradas na lida das fazendas, com o objetivo de arrecadar fundos para as entidades assistenciais da região. Um ano depois, em 1956, foi lançada a 1ª Festa de Peão de Boiadeiros de Barretos. Sob a lona de um velho circo, surgiu o modelo do evento rural de maior sucesso do país.

Já na primeira festa, a primeira atração foi o rodeio. E os mesmos peões que passavam meses viajando pelos estados brasileiros, agora eram estrelas da festa do peão de Barretos. Ninguém poderia imaginar que a partir daquele ano a história dos peões de boiadeiro mudaria para sempre, e que o destino de Barretos seria o de se tornar a capital do rodeio brasileiro.

Tudo que ali era realizado servia como modelo para outras cidades que também começavam a promover suas festas. O resultado foi que na década de 60 o número de eventos ligados ao rodeio no Brasil havia crescido muito, principalmente no estado de São Paulo. Muitos peões acabaram se transformando em competidores e corriam de uma festa para outra atrás dos prêmios. Mas era em Barretos que todos tentavam a “sorte grande”.

A cada ano a Festa de Barretos crescia. Em 1960, já era conhecida em todo o país. O Festival do Folclore de Barretos contava com a participação de países da América do Sul como Argentina, Uruguai, Paraguai, assim como várias regiões do Brasil”.

A única herança boa que a Festa de Peão de Barretos herdou do seu passado, continua sendo a arrecadação de fundos de apenas um dos shows realizados por algum artista famoso, para a manutenção do hospital do câncer na cidade que recebe gente do Brasil inteiro para tratamento gratuito. Porque o de resto, não compensa mais ninguém sair de seus estados e de suas casas para essa festa que hoje só a elite da sociedade pode freqüentar. Até mesmo os moradores de Barretos não podem mais freqüentar esta festa que até para se fazer uma visita aos animais que ali são expostos, é pago. Na abertura da mesma (que não tem nenhuma atração), a entrada é franca, nos dias seguinte, tudo é pago.

Além do mais, o parque temático aonde acontece à festa, é distante do centro da cidade, quem tem carro, pega a estrada, quem não tem, a alternativa é o transporte coletivo cuja passagem para o poder aquisitivo da maioria da população é muito cara, sem contar com o risco de ser assaltado a noite pelos meliantes que andam a espreita de suas vítimas, já que a maioria das atrações especiais é à noite.

O metro quadrado de um espaço para comerciantes que vão ali para comercializar qualquer tipo de produto permitido pela direção do evento custa o olho da cara, a ponto da maioria só defender durante o período da festa, o dinheiro para pagar o aluguel do espaço adquirido.

Quem quiser saber se o que falamos aqui é verdade, é só ir lá este ano. Os próprios comerciantes da cidade de Barretos, não participam da festa, por não terem condições de alugarem espaço físico para negociarem seus produtos, privilégios este, facultado somente aos comerciantes não residentes em Barretos.

Após o término da festa, nota-se a quebradeira na cidade, porque todo o dinheiro que circula durante a semana de festa, é levado pra fora do município. Porque os comerciantes que ali fizeram a sua “feira”, leva o dinheiro pra sua cidade de origem, os artista que ali vão, leva o seu cachê no bolso para investir em sua cidade de origem também.

Como o nome dos responsáveis e organizadores desta festa ostentam o nome “OS INDEPENDENTES”, com certeza jamais DEPENDERÃO de nenhuma sugestão de quem quer seja, que REPENSEM em uma forma de permitir que os freqüentadores desta festa que já fez história em Barretos tenham o prazer de voltarem a freqüentá-la como antes, afinal de contas, Barretos não tem nenhuma opção de lazer para seus moradores.

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