Na Biblioteca Nacional de Paris, encontra-se um documento de bastante interesse para todos os que andam em busca da verdade.
Trata-se de uma epístola dirigida pelos cardeais ao Papa Júlio III, depois de sua eleição ao trono pontifício, em 1550. Contem os seguintes parágrafos:
“De todos os conselhos que podemos oferecer a Vossa Santidade, guardamos o mais importante para o último lugar.
É preciso conservar a máxima vigilância, e empregar todo o esforço possível, sobre o assunto da leitura da Bíblia Sagrada, que devia ser permitida o menos possível, especialmente na língua comum, em todos os países sob nossa jurisdição.
Segundo o costume, leiam-se os trechos indicados na celebração da missa – e não seja permitido alguém ler mais.
Contanto que o povo fique contente com este pouco, os vossos interesses prosperarão; mas logo que o povo tiver interesse em ler mais, os vossos interesses começarão a diminuir”.
Este é o livro que, mais do que qualquer outro tem promovido os tumultos e as desordens, pelos quais estamos quase perdidos.
Realmente, se fizer um exame e se comparar diligentemente os ensinos da Bíblia com a prática da nossa igreja, uma divergência há de se descobrir logo, e perceber-se-á que nossos ensinos muitas vezes são diferentes daqueles que o livro apresenta e, até contrários a ele.
Se o povo compreender isto, nunca mais terminará com as suas censuras, e afinal será conhecido por toda parte o erro e nos tornaremos alvo de ódios e de desconfiança.
Por isso, é necessário guardar a Bíblia Sagrada dos olhos do povo, tomando todas as precauções para evitar controvérsia”.
Na verdade, o Estado do Vaticano não pode gloriar-se do seu passado, devido as inúmeras falcatruas praticadas pelos seus “chefes”.
Em 1215, o Papa Inocêncio III proclamou-se “Vigário de Cristo no Céu e no Inferno”; em seguida, proibiu a leitura da Bíblia, instituiu a inquisição e mandou massacrar milhares de Cartaros (albigenses) Cristãos.
O Papa Nicolau V, ano 1447, autorizou o Rei de Portugal a guerrear contra os povos africanos, tomar-lhes as propriedades e fazer escravos. Esse Papa dizia: “Eu sou tudo em todos, minha vontade prevalecerá; Cristo mandou Pedro embainhar a espada, mas eu mando desembainhar”.
Na noite de 24 de agosto de 1572, a Igreja Católica festejou a noite de São Bartolomeu massacrando Setenta Mil protestante franceses.
O Papa Gregório comemorou, ordenando que cantassem o “Te Deum”, ocasião em que cunharam moedas comemorativas ao massacre, e trocaram presentes.
Na inquisição, a “crueldade era tanta que desenterravam os cadáveres, puxavam-nos pelas ruas, depois os queimavam”.
(Transcrito do livro Máfia Religiosa, página 146 – Segunda Edição – Autor: Valter Desiderio Barreto).
Valter Desiderio Barreto - Jornalista/Escritor/Teólogo/Artesão/ Ex-professor de Psicologia, Filosofia e Sociologia.
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