por Arnaldo Jabor
A destruição das torres gêmeas em 2001 pelo Osama foi uma cópia perfeita dos filmes-catastrofe de Hollywood. Há uma compulsão psicótica do cinema americano: amam ver o próprio país destruído.
Filmes como ‘Armageddon’, ‘Independence Day’ mostram a América sendo arrasada. Há em ‘Godzilla’, uma cena igual ao momento em que as torres caem ao fundo e centenas de pessoas correm em pânico sob a poeira em Nova York.
Osama só fez copiar. Ele virou a tecnologia ocidental contra o ocidente. Por outro lado, poderia ser um ensinamento para a América contra a arrogância do progresso incessante, mas neste marco zero, a grana manda. Claro, assim vão fazer novas torres, mais altas ainda.
Mas, isso é também um sintoma. Trata-se de uma competição fálica: quem tem o pênis maior? Atualmente o Dubai, aquela cafajestada a beira mar, detém o recorde de prédio pornô, mais comprido de todos.
Se a América tivesse aprendido alguma coisa, poderia criar ali um maravilhoso monumento à democracia, que sempre nos lembrasse da espantosa tragédia que mudou o mundo para sempre. Mas, não. Preferem à competição arquitetônica pornográfica. Quando vira a nova bomba?
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