Vale investiu US$ 5,2 bilhões no Pará em 2009

A Vale investiu US$ 5,169 bilhões no Pará, em 2009, um aumento de 2% em relação aos US$ 5,068 bilhões investidos no em 2008. Os investimentos socioambientais somaram US$ 166 milhões no ano fechado de 2009. No último trimestre, a empresa voltou a contratar e seu efetivo de empregados próprios aumentou em cerca de 230 pessoas, se comparado com o 3T09. Em função dos diversos investimentos que a Vale mantém no Pará, a mineradora está gerando cerca de 20.600 empregos em canteiros de obras dos projetos em andamento.

Investimento Ambiental

Parte dos recursos foi empregada em diversas ações socioambientais, como o Programa Vale Florestar. No final do ano, o projeto atingiu a marca de plantio de 22 milhões de árvores em 37 fazendas no sudeste do Pará, somando mais de 66 mil hectares - sendo 20 mil com eucaliptos e 44 mil com a proteção e recuperação de mata nativa.
O Vale Florestar tem por objetivo promover o desenvolvimento socioeconômico regional com o reflorestamento de áreas degradadas a partir de espécies nativas e exóticas. Os investimentos previstos são de US$ 300 milhões - sendo que desse total US$ 100 milhões já foram aplicados desde 2007.
Em 2014 será iniciada a colheita florestal com geração expressiva de empregos. Até lá, o Vale Florestar terá aproximadamente 70 mil hectares de florestas industriais, ou seja, 78 milhões de árvores e mais de 150 mil hectares de áreas protegidas.
Preservação da fauna e flora
Em 2009, a Vale investiu US$ 112,9 mil no Programa de Conservação do Gavião-real, projeto em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e com o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa). Iniciado em 2008, o trabalho tem o objetivo de manter viva uma das maiores e mais belas aves de rapina do mundo, atualmente ameaçada de extinção. O monitoramento de dois ninhos com filhotes da ave, encontrados na Floresta Nacional de Carajás, em Parauapebas, resultou na produção e lançamento de um livro com fotos inéditas da espécie, também conhecida como harpia.
Outro projeto em parceria com o ICMBio e a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) é o estudo de monitoramento e salvamento de fauna na região do Projeto Salobo, que compreende os municípios de Marabá e Parauapebas. Em 2009, a Vale investiu aproximadamente US$ 1,38 milhões na pesquisa. As ações têm enfoque em mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e insetos como as formigas, além das águas continentais das bacias hidrográficas da Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri. Os recursos são investidos na caracterização da fauna local e monitoramento da qualidade do meio ambiente, a fim de mantê-lo propício para a vida animal.
Em Canaã dos Carajás, a Vale mantém também o viveiro de mudas na mina de cobre do Sossego, com a preservação de diversas espécies vegetais. Com investimentos de US$ 150 mil, em 2009 o espaço atingiu a marca de 200 mil mudas produzidas a partir de 82 espécies nativas da Amazônia. O viveiro, além de dar suporte ao programa de reflorestamento, tem parte de sua produção de mudas e sementes distribuídas para a comunidade.
Redução de emissões
Destaque também para a Albras que fechou o ano com as menores emissões atmosféricas de sua história, superando até mesmo os baixos índices que já vinha registrando em anos anteriores. Os resultados de 2009 foram de 0,524 quilograma de flúor total por tonelada de alumínio produzido e 1,68 quilograma de material particulado por tonelada, números bem abaixo dos limites legais de 1,25 e 5,00, respectivamente.
Os resultados da fábrica de alumínio se devem principalmente aos investimentos realizados nas plantas de tratamento de gases das linhas de redução, que permitiram maior captação e eficiência no tratamento dos gases e pó gerados no processo de produção do alumínio.
Parcerias com o Poder Público
Na área social, 2009 também foi um marco para a Vale. A Fundação Vale e as prefeituras de dez municípios paraenses protocolaram, no Ministério das Cidades, em Brasília, os projetos executivos de infraestrutura na área de saneamento, drenagem e pavimentação. Estes projetos são resultados de protocolos de intenções assinados com as prefeituras, que tiveram como base os resultados de diagnósticos socioeconômicos realizados pela Fundação Vale no Pará, que identificou déficit nestas áreas. As obras irão beneficiar 190.648 pessoas. Em 2009, a Fundação Vale investiu mais de US$ 5,52 milhões em projetos desta natureza no Pará.
Estação Conhecimento
Em Tucumã, a Fundação, juntamente com a prefeitura e a comunidade comemoraram, em outubro, um ano da Estação Conhecimento de Tucumã, o primeiro de 15 núcleos previstos para serem construídos até 2015 no Pará, Maranhão, Espírito Santo, Minas Gerais, Sergipe e Rio de Janeiro.
A unidade de Tucumã atende atualmente 740 jovens com aulas de esportes e 371 alunos nos cursos de qualificação profissional. As Estações são núcleos de desenvolvimento humano e econômico que reúnem, no mesmo lugar, atividades esportivas, culturais e cursos profissionalizantes para jovens e adolescentes. Em Tucumã, os resultados começaram a aparecer no esporte: os atletas conquistaram 67 medalhas em competições regionais e nacionais ao longo do ano.
Energia para a comunidade
A Vale e a Celpa, distribuidora de energia do Pará, firmaram acordo em novembro para beneficiar os moradores de Ourilândia do Norte, Tucumã, São Felix do Xingu e Xinguara. A Vale vai ceder parte da capacidade ociosa da sua subestação de energia da unidade operacional Onça Puma, que está em fase de implantação. Serão disponibilizados 20MW de capacidade livre atualmente no seu sistema de 230kV. O investimento da Vale será de cerca de US$ 109,35 milhões, não sendo necessário qualquer investimento das prefeituras dos municípios beneficiados.
Geração de renda
Em Barcarena, o Programa de Agricultura Familiar Mecanizada (Pafam), com investimento de US$ 162 mil da Albras, fechou o período com um resultado expressivo. A renda das 146 famílias, formadas por pequenos produtores rurais do município, alcançou a média mensal de R$ 515, ficando bem acima da meta para o ano, estabelecida em R$ 480. Em 2002, quando o projeto foi implantado, a renda média mensal familiar girava em torno de R$ 40. O Pafam é desenvolvido em parceria com a Cooperativa de Serviços Agroflorestais e Industriais (COOPSAI) e a Prefeitura Municipal de Barcarena.

INVESTIMENTO SOCIOAMBIENTAL
Em US$ Milhões
Estado
2008
2009
PA
208,2
166,0



DESEMBOLSOS FINANCEIROS (1)
DESCRIÇÃO
2008
2009
Var.
Em US$ Mil
5.068.287
5.169.506
2 %
Minério de Ferro
1.430.943
1.411.950

Manganês
-
6.908
Logística - Ferrovia
414.761
269.107
Logística - Rebocadores
12.623
11.254
Caulim
216.494
158.226
Cobre
726.435
849.452
Níquel
1.020.338
562.473
Bauxita - Paragominas
147.160
184.089
Alumina - Alunorte
1.617.394
1.326.887
Alumínio - Albras
948.800
713.811
Alumínio - DIAL
95.862
28.916
Pesquisa Mineral
51.722
34.199
Energia
62.669
104.104
Outros (2)
130.086
129.564
Siderurgia
-
8.584
Eliminações (3)
(1.806.998)
(630.018)

(1) inclui desembolsos com custeio e investimentos correntes e de capital
(2) inclui gusa
(3) vendas de produtos e ou prestação de serviços entre empresas ou unidades de negócio do grupo Vale, eliminadas na consolidação do resultado


DESEMPENHO OPERACIONAL
VOLUME DE PRODUÇÃO
Mil toneladas
2008
2009
Albras - Alumínio
455
450
Alunorte - Alumina
5.028
5.910
Paragominas - Bauxita
4.403
6.203
MRN - Bauxita (1)
7.225
6.258
CADAM - Caulim
602
427
PPSA - Caulim
528
354
Sossego - Cobre (2)
126
117
Ferrosos Norte - Ferro
96.494
84.640
RDM - Manganês
2.003
1.382

(1) Produção atribuível à Vale na MRN
(2) Cobre contido


Pará, 11 de fevereiro de 2010