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domingo, outubro 04, 2009

Mãe de Isabella Nardoni diz que Justiça manda recolher livro sobre a filha


Família da garota entrou com ação na Justiça contra escritor. Publicação fala em acidente doméstico. Autor vai recorrer.
Por decisão da Justiça paulista, o livro “Isabella”, que trata sobre a morte da menina Isabella Nardoni, não pode mais ser vendido. A informação foi confirmada pela mãe da garota, Ana Carolina Oliveira, neste domingo (4).

Escrita pelo médico gaúcho Paulo Roberto Papandreu, a história defende a tese de acidente doméstico e foi criticada pela família da garota, que não autorizou a publicação e entrou com um processo. De acordo com Ana Carolina, a sentença para o recolhimento do livro saiu na quinta-feira (1). “Estou vendo isso de uma maneira positiva”, disse ela, na tarde deste domingo (4). A ação foi movida pela advogada Cristina Christo, que defende Ana Carolina. A assssoria de imprensa do Tribunal de Justiça não soube confirmar a informação sobre a suspensão do exemplar. Em março de 2008, a menina, então com 5 anos, morreu após cair do 6º andar do prédio onde o pai morava, na Zona Norte de São Paulo. Para a polícia e o Ministério Público, ela foi jogada da janela pelo pai e a madrasta, que estão presos. No livro, Papandreu sugere que Isabella caiu sozinha, o que inocenta Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, presos no interior paulista.

Recurso

Procurado pelo G1, Papandreu informou que pretende recorrer da decisão. "Acho que estão ferindo meu direito de liberdade de expressão. Vou recorrer, claro", disse ele, neste domingo. O médico de Santa Maria (RS) afirmou ter recebido com "surpresa" a notícia. "Fiquei sabendo no sábado. Quero ver o que vão fazer com os livros agora. Não consigo imaginar por que fizeram isso. Estou incrédulo porque não caluniei, não menti e não injuriei".

Segundo ele, em São Paulo, havia 3 mil exemplares de "Isabella". Papandreu ressaltou que, até a tarde do domingo, não havia sido informado oficialmente sobre a sentença do juiz. "Eu soube por uma conhecida que pegaria os livros em um hotel de São Paulo para doação. Disseram a ela que a Justiça mandou recolher".

Por causa da publicação, Ana Carolina Oliveira entrou na Justiça, pedindo indenização por danos morais. Ela pede que se retire do mercado e impeça qualquer publicação nova do livro “Isabella”. Ana Carolina disse neste domingo que o valor da reparação ainda não foi estipulado. “O processo começou agora”. Segundo ela, Papandreu “nunca” a procurou enquanto escrevia a história.

Publicado em junho deste ano no Rio Grande do Sul, “Isabella” poderia ganhar também uma versão nacional com o título “Caso Isabella: verdade nova”, conforme disse Papandreu no dia 15.

Versão oficial

Para a Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público, Isabella foi vítima de homicídio. Para a perícia do Instituto de Criminalística (IC), que embasou a acusação da Promotoria, os assassinos são Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. Eles teriam matado a menina após uma discussão. Isabella foi encontrada morta no terraço do edifício do casal, que nega o crime. A defesa dos dois alega que uma terceira pessoa entrou no apartamento.

Nas 128 páginas de seu livro, Papandreu, que tem 53 anos, busca derrubar a tese da polícia paulista. Para chegar à tese de acidente doméstico, ele disse que procurou por conta própria todos os envolvidos no caso, mas não falou com o casal.

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