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terça-feira, agosto 25, 2009

Empresas brasileiras lançam carta aberta ao Brasil sobre mudanças climáticas visando à COP 15

Produzido por 22 entidades e empresas, por iniciativa da Vale, do Instituto Ethos e do Fórum Amazônia Sustentável, o documento, lançado hoje, traz compromissos de redução de emissões e faz sugestões ao Governo brasileiro
Vinte e duas entidades e empresas privadas de capital brasileiro lançam hoje em seminário, em São Paulo, uma carta aberta ao Brasil sobre mudanças climáticas, apresentando seus compromissos voluntários para a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE). O documento - uma iniciativa da Vale, Instituto Ethos e Fórum Amazônia Sustentável - traz ainda uma série de sugestões à posição do Governo brasileiro na 15ª Conferência das Partes (COP-15) do Tratado da ONU para as Mudanças Climáticas, que ocorrerá em dezembro em Copenhague. Na COP-15 serão debatidos novos compromissos e mecanismos para combater o aquecimento global.
O documento será entregue ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e ao negociador-chefe da delegação brasileira em Copenhague, Luiz Alberto Figueiredo Machado, no seminário Brasil e as Mudanças Climáticas - Oportunidades para uma economia de baixo carbono. No evento, serão discutidos, em três painéis, os desafios das mudanças climáticas para os negócios e a sociedade; o papel do setor privado no combate ao aquecimento global; e o papel do governo no combate às mudanças climáticas.
A carta representa um marco na discussão do tema, porque, pela primeira vez, empresários do setor produtivo do país apresentam formalmente iniciativas para combater o aquecimento global. Entre os compromissos, estão o monitoramento das emissões pelas empresas signatárias, com a publicação de inventários anuais para acompanhamento da sociedade, e a busca da redução contínua do balanço líquido de CO2 (redução da diferença entre emissão e captura de CO2)
Outro ponto importante é o apoio à criação de mecanismo de incentivo para a redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (REDD), incluindo a conservação e o manejo florestal sustentável. A idéia do REDD é criar valor econômico para a floresta em pé ou para o desmatamento evitado. Este mecanismo pode vir a se transformar em uma alternativa rentável para reduzir o desmatamento da Amazônia, hoje o principal fator de emissões de CO2 do Brasil, porque propõe compensações financeiras aos proprietários de matas naturais que se prontificarem a proteger suas florestas.
"As mudanças climáticas vão induzir a substituição de fontes energéticas e de matérias primas para a produção de bens e produtos. A atividade básica da Vale é a mineração desses insumos. Assim, o tema faz parte da avaliação estratégica do portfólio de nossos produtos e serviços, com visão de longo prazo. Avaliamos ainda custos de adaptação, bem como as oportunidades de negócios verdes e alternativas tecnológicas que reduzam nossas emissões", afirma o diretor de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Vale, Luiz Claudio Castro.
A carta está dividida em três partes. A primeira traz uma visão geral dos desafios para o enfrentamento global das mudanças climáticas e a oportunidade que o Brasil tem de liderar as discussões em torno de uma economia de baixo carbono. Na segunda parte, as empresas expõem seus compromissos para reduzir suas emissões e, na terceira e última parte, são apresentadas as propostas ao governo brasileiro, incluindo sugestões para a COP 15. Entre as propostas, está a publicação de estimativas atuais de emissões de GEE no Brasil e, a cada três anos, o Inventário Brasileiro de Emissões de GEE, cujo último data de 1994.
"O Brasil tem a oportunidade única de construir seu modelo de desenvolvimento sustentável e influenciar o resto do mundo no mesmo caminho", afirma Beto Veríssimo, secretário-executivo do Fórum Amazônia Sustentável, que reúne mais de 180 instituições que atuam na Amazônia. Para Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, as empresas brasileiras engajadas no movimento da responsabilidade social podem incentivar o país a liderar a transição a uma economia de baixo carbono. "Assim fazendo, o empresariado vai abrir novas oportunidades de negócio e aumentar a competitividade de todos os setores da economia", afirma Young.

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