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segunda-feira, maio 25, 2009

Conselho Regional de São Paulo faz campanha por "carteirinha" de médico


O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) está em campanha para tornar obrigatória uma prova de conhecimentos para o exercício da medicina. A instituição defende que os médicos tenham uma carteira profissional, assim como os advogados têm o registro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O lançamento da iniciativa foi na última sexta (22), em São Paulo.
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"Queremos fazer uma avaliação terminal [ao final do curso]; isso no Brasil é crucial", defende Braulio Luna Filho, conselheiro do Cremesp e coordenador de um exame que a entidade aplica há quatro anos em recém-formados. "Os médicos [formados em São Paulo] não conseguem resolver problemas básicos de clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia e cirurgia geral", completa Luna Filho.

Questionado se esse diagnóstico dos futuros profissionais poderia se estender ao restante do país, Luna Filho responde: "Temos mais um Estado, o Espírito Santo, aplicando a prova nos mesmos moldes e a situação é a mesma".

Na última sexta, a entidade lançou "Exame do Cremesp: uma contribuição para a avaliação do ensino médico", publicação que traz dados dos quatro anos de avaliação. O Cremesp também faz uma série de proposições para reverter o quadro da formação médica no país.
EXAME DO CREMESP
EXAME
NÚMERO DE PARTICIPANTES
TAXA DE REPROVAÇÃO
2008
679
61,40%
2007
833
55,94%
2006
688
37,82%
2005
998
31%
Reprovação de 61%Desde 2005, o Cremesp faz anualmente uma avaliação voluntária de alunos que terminaram o sexto ano de medicina. A taxa de reprovação tem crescido a cada ano. Em 2008, 61% dos estudantes que fizeram a prova não atingiram média 6 - que significa conhecimentos mínimos para o exercício da profissão.

Entre os avaliados pelo Cremesp, alunos das escolas públicas têm tido maior porcentagem de acertos que estudantes da rede privada. Segundo a publicação, "em ciências básicas, as escolas públicas tiveram 60,38% contra 48,33% das particulares.

Em clínica médica, foram 61,80% contra 54,16%. Em ginecologia, as duas vão mal, com média de 52% de acertos tanto nas públicas como nas privadas".

Na última década, o Cremesp assistiu a um aumento de denúncias médicas de imprudência, negligência e abuso nas condutas.

"Alguma coisa não vai bem", pontua Luna Filho. Segundo a publicação do Cremesp, "em uma década, o número de médicos denunciados no Cremesp aumentou em 140%, muito acima da taxa de crescimento de profissionais inscritos e do crescimento populacional de São Paulo no mesmo período".

"A maioria dos cursos é ruim e precisamos ser mais rigorosos com os médicos que estão saindo", dispara Luna filho.
"Congelamento" dos novos cursos

A entidade defende que haja um "congelamento" na abertura de outras escolas. Antes que se permitam novas vagas para a carreira, o conselho quer que as instituições já em funcionamento sejam rigorosamente avaliadas.

Para o Cremesp, o problema da baixa qualificação dos futuros médicos começa nos bancos das faculdades. "Existe um número exagerado de escolas médicas no Brasil e a maioria delas nem hospital de ensino tem", diz Luna Filho. "E, como o volume de escolas é grande, são 176, não temos professores qualificados."

"Não é correta a tese de que a abertura de novas escolas ou o aumento do número de vagas das [faculdades] já existentes interfere positivamente na melhoria da assistência médica ou na distribuição territorial dos profissionais. O Brasil já é o segundo país no mundo com maior número de escolas médicas e, nem por isso, nossa população é bem assistida", escreve o presidente Henrique Carlos Gonçalves em "Exame do Cremesp: uma contribuição para a avaliação do ensino médico.

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