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quarta-feira, abril 22, 2009

Índios montam delegacia própria em aldeia no Amazonas

Ticuna em posição de ataque

Índios Ticuna

Há quatro meses, índios da etnia ticuna têm sua própria delegacia para combater o crime na aldeia Umariaçu, a 1.105 km de Manaus. As armas usadas pelos "policiais" indígenas são palmatória, chicotes e cassetetes. Eles usam fardamento com logotipo de dois cassetetes e um facão do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), design e nome criados por eles mesmos. Os detidos são levados a uma prisão de 1,5 metro quadrado.
"Os índios estavam cansados da omissão do poder público e resolveram tomar a iniciativa para proteger sua gente e suas terras", disse o dirigente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Jecinaldo Sateré. Na semana passada, Sateré foi a Tabatinga para reunir-se com pajés da aldeia Umariaçu. "Pediram apoio para a delegacia, e anteontem encaminhamos a carta ao Ministério da Justiça e ao governo do Amazonas", conta. Eles pedem a legitimação da delegacia, treinamento para os "policiais" e pagamento, já que todos são voluntários.
Os indígenas, homens e mulheres, são ex-soldados do Exército e usam essa experiência para coibir o crime. Dentro da aldeia, foi proibida a entrada de bebidas alcoólicas desde que a delegacia começou a funcionar. Segundo Sateré, o poder público não investe em espaços de lazer e esporte para os jovens, muitas vezes vítimas do alcoolismo.
Os "policiais" também fazem serviço de ronda, controlando o fluxo de veículos e pessoas na aldeia. Cerca de 60 índios atuam no projeto. A posição da Secretaria de Segurança do Estado é de "não reconhecimento da delegacia, que é uma forma de milícia e está fora da lei". Procurado, o Ministério da Justiça não se manifestou.

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