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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Morre italiana que ganhou direito à eutanásia após coma de 17 anos


MINHA FILHA MORREU EM 1992, DISSE PAI

Para nós, ela está morta desde 18 de janeiro de 1992". Assim o italiano Beppino Englaro, 67, expressou, em entrevista exclusiva ao UOL Notícias, como vê a situação em que se encontra sua filha, Eluana.


Eluana Englaro, em coma há 17 anos, morreu hoje (9), na clínica La Quiete, em Udine. A italiana de 38 anos era o centro de uma discussão sobre eutanásia que mobilizou toda a Itália. O que você acha da eutanásia? Existem casos em que ela deve ser permitida? A morte ocorreu ao mesmo tempo em que o Senado discutia uma proposta de lei que impediria a interrupção da alimentação e da hidratação de uma paciente em coma. Há cerca de dois anos, a família de Eluana conseguiu na Justiça que a alimentação da italiana fosse interrompida.
"Para nós, ela está morta desde 18 de janeiro de 1992". Assim o italiano Beppino Englaro, 67, expressou, em entrevista exclusiva ao UOL Notícias, como vê a situação em que se encontra sua filha, Eluana. O pai da italiana, Beppino Englaro, declarou a agência Ansa que gostaria de um pouco de paz, após a turbulência dos últimos dias. "Sim, ela nos deixou. Mas eu não gostaria de dizer nada, apenas de ficar sozinho", disseAo saber da morte de Eluana, o Senado italiano fez um minuto de silêncio. Alguns parlamentares insistem em votar a lei que impede a interrupção da alimentação de pacientes em coma. O presidente do Senado, Renato Schifani expressou sua solidariedade com a família e afirmou que o momento era de reflexão a todos, começando pelos políticos que devem pensar sobre o direito entre a vida e a morte. O senador conservador Caetano Quagriello foi a tribuna denunciar o "assassinato" de Eluana. A senadora Ana Finnochiaro rebateu dizendo que continuavam fazendo o enésimo ato de uso político da morte de Eluana. No Vaticano, o ministro da Saúde, cardeal Javier Lozano, pediu que "o Senhor a acolha e perdoe quem a tenha levado deste mundo". O cardeal foi um dos mais ferrenhos críticos da eutanásia no caso. O ministro da Saúde da Itália, Maurizio Sacconi pediu que o Senado aprove o projeto de lei contra a interrupção da alimentação e da hidratação de uma paciente em coma, para que "o sacrifício de Eluana não tenha sido em vão". Já o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi expressou seu profundo pesar e lamentou que a ação do governo não tenha sido suficiente para salvar a vida da italiana. O casoEluana Englaro, 38 anos, entrou em estado vegetativo quando sofreu um acidente de carro em 1992. Seu pai, Beppino Englaro, conseguiu na Justiça provar que o estado de saúde da sua filha era irreversível e que era da vontade de Eluana morrer se estivesse em coma e, assim, recebeu uma sentença, em 2007, que autorizava o hospital a retirar o tubo de alimentação que a mantinha viva. No último dia 3, Englaro autorizou a transferência de sua filha de Lecco, cidade onde vive, para a clínica La Quiete, em Udine, onde Eluana morreu. Apesar de toda a pressão da conservadora sociedade italiana, do governo Berlusconi e da Igreja Católica contra a eutanásia, o pai de Eluana sempre se manteve irredutível quanto à decisão. Em entrevista ao UOL Notícias, Beppino Englaro afirmou que, para ele, Eluana morreu no dia do acidente, em 1992.

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