ÍNDIOS KYIKATÊJÊ VISITAM COMPLEXO MINERADOR DE CARAJÁS Programação, promovida pela Vale, atraiu dezenas de famílias que acompanharam demonstrações da cultura indígena
Eles chegaram de maneira discreta, mas logo se tornaram o centro das atenções. Os índios Gavião Kyikatêjê, no último sábado, 20, visitaram pela primeira vez o complexo minerador de Carajás, no município de Parauapebas, sudeste do estado. A aldeia Kyikatêjê, localizada no município de Bom Jesus do Tocantins (PA), é uma das comunidades indígenas que recebem o apoio da Vale com projetos de contribuição à educação, saúde, atividades produtivas, infra-estrutura, vigilância da reserva, administração da associação e fortalecimento cultural. "Além desses projetos, a empresa também busca a integração e o bom relacionamento dos índios com os empregados e toda a comunidade, e uma das maneiras de conseguir isso é através deste tipo de programação", ressaltou Luana Martins Andrade, coordenadora de Relações com comunidades tradicionais da Vale. A visita foi marcada pela interação, o conhecimento e a diversidade cultural. Pela manhã, os índios receberam as boas-vindas do diretor de Ferrosos Norte da Vale, José Carlos Gomes Soares, e participaram de um café da manhã no Clube Docenorte. Durante a programação os visitantes puderam conhecer a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo e impressionaram-se com a grandiosidade do caminhão fora de estrada – um equipamento de 6,5 metros de altura, 8 de largura e quase 13 de comprimento, com capacidade para transportar cerca de 240 toneladas de minério de ferro. "Estou impressionado com tanta coisa nova, tudo é muito bonito! Fico feliz em trazer minha tribo para conhecer de perto um pouco do trabalho da Vale", exaltou Kykyire Kutapre, cacique da tribo. À tarde, a cultura indígena ganhou destaque. Dezenas de famílias assistiram no Clube Docenorte demonstrações culturais realizadas pelos Kyikatêjê. Além das pinturas e trajes indígenas utilizados tradicionalmente na realização das atividades, o público pôde acompanhar apresentações de arco e flecha à distância e ao alvo, a corrida com toras e as danças típicas. "Estas demonstrações nos remetem às nossas raízes, é uma verdadeira aula do início da nossa história", ressaltou José Enoque, técnico em manutenção que fez questão de levar a esposa e a filha de 1 ano e 6 meses para acompanhar a apresentação. O público ficou atento a cada detalhe, e as demonstrações fascinavam adultos e crianças. O pequeno Emerson Klippel Júnior, de apenas 9 anos de idade, gostou tanto do que viu que fez planos para o futuro. "Um dia quero ser tão bom no arco e flecha quanto eles", ressaltou Júnior. E quem disse que a habilidade indígena se resumiu às atividades tradicionais? No jogo de futebol onde a interação era a principal meta, o time Kyikatêjê também surpreendeu, vencendo o time do Clube Docenorte por 6 a 1. Além de retornarem para a aldeia com a vitória dentro de campo, os índios levaram também a certeza de que a visita fortaleceu ainda mais o respeito a diversidade cultural e o bom relacionamento com a empresa e a comunidade local. Parauapebas, 22 de setembro de 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário